Publicado em 23/09/2020 às 08h47.

Governo busca apoio do centrão para enviar proposta de Guedes que cria novo imposto

Em almoço, ministro da Economia defendeu tributo como forma de bancar desoneração ampla da folha

Redação
Paulo Guedes, Minister of Economy of Brazil, speaking during Challenging the Dominance of the Dollar session at the World Economic Forum Annual Meeting 2020 in Davos-Klosters, Switzerland, 23 January. Congress Centre / Sanada. Copyright by Ciaran McCrickard/ World Economic Forum/ Fotos Públicas
Paulo Guedes, ministro da Economia (Fotos Públicas)

 

Após obter aval do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o time do ministro Paulo Guedes (Economia) agora busca o apoio do centrão para apresentar ao Congresso sua proposta de um imposto sobre transações digitais, informa reportagem do jornal Folha de S. Paulo.

O novo tributo, nos moldes da antiga CPMF, pretende levantar R$ 120 bilhões por ano. Os recursos vão custear o programa de desoneração da folha de pagamentos.

Pessoas que participaram das discussões na semana passada afirmam que Bolsonaro delegou ao deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, a obtenção dos votos antes de a proposta ser formalmente enviada.

Na terça-feira (22), Barros marcou almoço em sua casa, em Brasília. Lá marcaram presença Guedes e deputados do centrão —grupo formado por partidos como PP, PSD e Republicanos— que estão aderindo à base do governo.

Um dos temas discutidos foi a criação do novo imposto.

A ideia de Guedes é estabelecer alíquota de 0,2% sobre o valor de qualquer transação digital. O montante arrecadado será usado para cobrir a desoneração da folha para quem ganha até um salário mínimo (R$ 1.045).

Acima desse patamar, haverá descontos. A contribuição previdenciária paga pelas empresas para esses funcionários, que hoje é de 20%, passaria a 10%. A diferença seria coberta pela receita gerada pelo novo tributo.
Também está na proposta a ampliação da isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física de R$ 1.900 para R$ 3.000.

No almoço, Guedes disse que enviará nos próximos dias o texto da proposta para os líderes da base do governo. Dessa forma, eles podem dar início a um processo de convencimento com os demais deputados.

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