Publicado em 29/04/2025 às 14h55.

Governo registra superávit de R$ 1,1 bilhão em março e supera expectativas

Melhor resultado para o mês desde 2021 foi impulsionado por aumento na receita líquida e redução de despesas; acumulado do ano também aponta avanço nas contas públicas

Redação
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

 

As contas do governo central — que englobam o Tesouro Nacional, o Banco Central (BC) e a Previdência Social — registraram um superávit primário de R$ 1,1 bilhão em março de 2025. No mesmo mês de 2024, havia sido apurado um déficit de R$ 1 bilhão (valores nominais, sem correção pela inflação). O resultado superou a mediana das estimativas da pesquisa Prisma Fiscal, do Ministério da Fazenda, que apontava para um déficit de R$ 3,5 bilhões. Foi, ainda, o melhor desempenho para o mês de março desde 2021.

Em março, o Tesouro Nacional e o Banco Central, somados, apresentaram superávit de R$ 24 bilhões, enquanto a Previdência Social (RGPS) teve déficit de R$ 23 bilhões. Em relação a março de 2024, o resultado primário positivo decorre de um crescimento real de 0,8% na receita líquida (R$ 1,4 bilhão) e de uma redução de 0,5% nas despesas totais (R$ 808,4 milhões).

No acumulado do primeiro trimestre de 2025, o governo central alcançou superávit primário de R$ 54,5 bilhões, frente a R$ 20,2 bilhões registrados no mesmo período de 2024 (em valores nominais).

As informações constam no Relatório do Tesouro Nacional (RTN), divulgado nesta terça-feira (29).

O superávit primário acontece quando as receitas superam as despesas, desconsiderando os juros da dívida pública. Já o déficit primário ocorre quando as despesas superam as receitas. O saldo entre os dois representa o chamado “resultado primário”.

Em 2024, o governo central fechou o ano com déficit primário de R$ 43 bilhões, equivalente a 0,36% do Produto Interno Bruto (PIB), mas ainda assim cumpriu a meta fiscal estabelecida.

Em 2025, o governo registrou superávit de R$ 84,9 bilhões em janeiro e déficit de R$ 31,7 bilhões em fevereiro.

A meta fiscal definida para 2025 é de déficit zero, ou seja, equilíbrio entre receitas e despesas. A projeção da equipe econômica é que o resultado primário avance gradualmente até alcançar superávit de 1% do PIB em 2028.

Projeções para os próximos anos:

  • 2026: superávit de 0,25% do PIB (R$ 33,1 bilhões)

  • 2027: superávit de 0,50% do PIB (R$ 70,7 bilhões)

  • 2028: superávit de 1% do PIB (R$ 150,7 bilhões)

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