Haddad critica juros altos e defende medidas para baratear crédito

Declaração ocorre no dia em que Copom confirma aumento da taxa Selic para 14,25%

Redação

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a criticar os juros elevados praticados pelos bancos e defendeu medidas para facilitar o acesso ao crédito no país. A declaração ocorreu nesta terça-feira (18), durante visita à fábrica da Toyota em Sorocaba (SP).

“Juros beiram 50% ao ano, ou mais, nos bancos. O presidente Lula determinou a mim e ao ministro Luiz Marinho [Trabalho e Emprego] que criássemos uma forma de fazer o consignado chegar ao setor privado”, afirmou Haddad. “Quando se vai num banco e pede mil reais, cobram de 5% a 6% ao mês”, completou.

Aumento da taxa de juros

A fala do ministro ocorre no mesmo dia em que o Banco Central elevou para 14,25% no ciclo monetário, iniciado em setembro de 2024.

“Diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, da elevada incerteza e das defasagens inerentes ao ciclo de aperto monetário em curso, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de menor magnitude na próxima reunião”, justificou o BC.