Publicado em 17/02/2025 às 09h29.

Haddad diz que inflação entre 4% a 5% está ‘dentro da normalidade’ para o Plano Real

O ministro da Fazenda afirmou que espera uma estabilização dos preços nas próximas semanas, com a valorização do real ante o dólar nos últimos dias

Redação
Foto: Rovena Rosa/Agencia Brasil

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ponderou nesta segunda-feira (17) que a inflação atual do Brasil, registrada em torno de 4% a 5%, está “relativamente” dentro da normalidade para o Plano Real. Ele reforçou ainda que o país deixou para trás o período em que os indicadores de preço superavam o patamar dos dois dígitos.

Segundo matéria do InfoMoney, Haddad lembrou também que o câmbio e a valorização do dólar no mundo tem pressionado a inflação, o que exigiu uma ação do Banco Central. A autarquia, por sua vez, adotou uma política monetária contracionista para controlar a inflação. O ministro afirmou que espera uma estabilização dos preços nas próximas semanas, tendo em vista a valorização do real ante o dólar nos últimos dias.

O ministro defendeu a reforma tributária sobre o sistema de consumo e disse que o ajuste fiscal que está em curso não é recessivo. No entendimento de Haddad, esse ajuste garante uma taxa de crescimento próxima de 3,5% em 2024, mesmo com a elevação dos juros para garantir a convergência da inflação à meta.

“O aumento das taxas será no curto prazo. O dólar voltou a um nível adequado e caiu 10% nos últimos 60 dias. Eu acho que isso vai fazer com que a inflação se estabilize”, afirmou o petista, que participa do painel “Um caminho para a resiliência dos Mercados Emergentes” na Conferência do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Al-Ula, na Arábia Saudita.

Em seu discurso no evento, Haddad defendeu que o Brasil tem trabalhado para encontrar um caminho de equilíbrio e sustentabilidade, mesmo encarando um ajuste fiscal importante e em meio a adversidades do cenário externo, como o fortalecimento do dólar.

O ministro relembrou ainda o papel do Brasil na presidência do G20, e reforçou que o país defendeu uma reglobalização sustentável, não só dirigida pelos interesses de mercado, mas também pelo combate às desigualdades regionais e à distribuição de oportunidades econômicas.

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, que mediou o debate, reforçou no início de sua fala que o foco na resiliência ganhou relevância nos últimos anos com o aumento da frequência e intensidade dos choques. Por isso, defendeu que as economias tenham capacidade para antecipá-los e também para absorver esses impactos.

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