Publicado em 09/10/2024 às 13h22.

Ibovespa Cai Pressionado por Vale, Enquanto Cyrela Avança com Prévia Operacional Positiva

Índice recua 0,94%, refletindo baixa do minério de ferro, enquanto investidores estão atentos aos dados de inflação e estímulos na China

Redação
Foto: Ibovespa

 

O Ibovespa (IBOV) abriu com viés negativo nesta quarta-feira (9), pressionado pela queda das ações da Vale após mais uma baixa nos futuros do minério de ferro na China. Em contrapartida, Cyrela figurava entre as poucas altas, impulsionada pela divulgação de uma prévia operacional positiva no terceiro trimestre, de acordo com informações da Forbes Brasil.

O principal índice de bolsa brasileira recuou 0,94%, aos 130.271,61 pontos, enquanto o contrato futuro de curto prazo, com vencimento em 16 de outubro, cedia 0,89%. O dólar à vista subiu 0,51%, cotado a R$ 5,5614. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento teve alta de 0,37%, a R$ 5,571.

Nesta sessão, os investidores digerem os dados do IPCA de setembro, que vieram praticamente em linha com as expectativas, e acompanham o cenário externo, ainda marcado pelas incertezas em relação à economia chinesa e ao Oriente Médio.

O governo chinês anunciou que o Ministério das Finanças realizará uma coletiva de imprensa no sábado para detalhar medidas fiscais de estímulo que serão adotadas para impulsionar a economia do país. A iniciativa foi anunciada um dia após a decepção do mercado com a apresentação anterior de um planejador estatal.

“O pacote da China pode ter grande impacto no mercado, especialmente se for um estímulo significativo. Caso seja, a tendência é de alta nas commodities, o que beneficiaria os exportadores, como o Brasil”, disse Thiago Avallone, especialista em câmbio da Manchester Investimentos.

No cenário doméstico, o destaque ficou por conta do IPCA de setembro, que subiu 0,44% no mês, ante queda de 0,02% em agosto. Em 12 meses, a inflação atingiu 4,42%, ligeiramente abaixo das expectativas de alta de 0,46% no mês, conforme pesquisa da Reuters.

Com isso, a curva de juros futura subiu, refletindo preocupações de que a inflação esteja próxima do teto da meta de 4,50%, o que reforça as apostas em um possível aumento da taxa Selic em novembro.

No exterior, os mercados voltam suas atenções para os novos dados de inflação ao consumidor nos Estados Unidos, que serão divulgados na quinta-feira, buscando pistas sobre a trajetória de juros do Fed.

Mais tarde, os investidores também aguardam a ata da última reunião do Federal Reserve, quando a autoridade monetária decidiu reduzir a taxa de juros em 50 pontos-base, em resposta ao enfraquecimento do mercado de trabalho norte-americano.

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