Publicado em 20/09/2024 às 17h35.

Ibovespa fecha com maior queda desde junho e vai ao menor patamar em mais de um mês

Bolsas dos EUA fecham com viés negativo, após recordes da véspera; dólar subiu a R$ 5,52

Redação
Reprodução: Patricia Monteiro/Bloomberg

 

O Ibovespa (IBOV) cedeu 1,55%, voltando aos 131.065,44 pontos, uma perda de 2.057,23 pontos, na maior queda diária desde 7 de junho (naquele dia, menos 1,73%). Foi ainda a quarta baixa consecutiva do índice que, no pior momento da sessão, nesta sexta-feira (20), recuou aos 130,9 mil pontos. Nesses quatro pregões de baixa, o Ibovespa perdeu mais de 4 mil pontos.

De acordo com informações do portal InfoMoney, o dólar comercial, por sua vez, interrompeu uma sequência de sete baixas, para subir 1,78%, a R$ 5,52, próximo da máxima do dia. A disparada acontece antes da divulgação do Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias. Enquanto isso, os DIs (juros futuros) voltam a apresentar fortes altas por toda a curva, se acomodando quase todos acima dos 12%.

Os índices encerraram com viés de queda, após a forte alta de ontem impulsionados por movimentos dos bancos centrais, mas acirramento das tensões no Oriente Médio preocupam.

No Brasil, o mercado operou esperando a divulgação do relatório de despesas e receitas pelo governo na reta final do pregão. O mercado ficou “bem reticente em relação à contabilidade mágica do governo e as manobras fiscais não ortodoxas para fechar as contas”, diz Marcelo Vieira, head da mesa de renda variável da Ville Capital.

A sessão desta sexta também marcada pelo vencimento de opções sobre ações na bolsa paulista. “O Ibovespa fechou ontem abaixo do suporte em 133.800 pontos e abriu espaço para uma realização de lucros mais acentuada. O próximo suporte está em 131.800 pontos – patamar que mantém o índice em tendência de alta no curto prazo”, afirmaram analistas do Itaú BBA.

O fiscal também preocupa. Estrategistas do BTG Pactual dizem que, “embora os juros tenham sido reduzidos nos EUA, investidores locais estão preocupados com a situação fiscal, com uma proposta orçamentária para 2025 aparentemente irrealista, e inseguros sobre como o ciclo de aperto monetário no Brasil poderá afetar as ações locais”.

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