Ibovespa fecha em baixa, com China, fiscal e commodities no radar
Bolsas dos EUA operam mistas digerindo novos balanços divulgados
O Ibovespa (IBOV) fechou em queda de 0,22%, aos 130.499,26 pontos, uma baixa de 294,15 pontos, o principal índice dos mercados brasileiros encerrou a semana com ganhos acumulados de 0,39%, interrompendo uma sequência de duas semanas seguidas de baixas. Outubro, porém, ainda segue negativo, com menos 1,00%, com ainda nove sessões pela frente.
De acordo com informações do portal InfoMoney, o dólar comercial voltou a subir, com mais 0,68%, a R$ 5,69. Na máxima do pregão, a moeda chegou a R$ 5,70. Enquanto isso, novamente os juros futuros, os DIs, subiram por toda a curva, com muitos dos vértices se aproximando dos 13%.
O PIB chinês avançou 0,9% no terceiro trimestre de 2024 em relação ao trimestre anterior e mostrou crescimento de 4,6% na comparação anual. Nessa comparação anual, a evolução da segunda maior economia do planeta perdeu um pouco de força, porque o ritmo estava em 4,7% no 2º trimestre, mas foi uma queda mais suave do que espera o mercado. Já a indústria e varejo ficaram estáveis no acumulado do ano até setembro; e as vendas de novas moradias na China caíram 24% entre janeiro e setembro. As exportações também caíram.
Buscando estimular a economia, o banco central da China deu início a dois esquemas de financiamento que inicialmente injetarão até 800 bilhões de iuanes (US$ 112,38 bilhões, ou R$ 634 bilhões) no mercado de ações por meio de ferramentas de política monetária recém-criadas. Ray Dalio, bilionário e fundador da Bridgewater, destacou a necessidade da China adotar uma “bela desalavancagem” em conjunto com suas recentes medidas de estímulo para evitar uma crise de dívidas, ou uma abordagem equilibrada que combina reestruturação de dívidas com a criação de dinheiro e monetização da dívida.
Ibovespa sofre com fiscal
Mas no Brasil, outros problemas seguem no altar das preocupações, com o fiscal. “A dívida não vai cair. Agora sim precisava do Lula. Precisa de um adulto na sala, mas não tem. Se a política fiscal não entrar (no plano de governo), a dívida não vai parar de subir. Não acho que nenhuma dívida se estabiliza no mundo, mas precisa mostrar confiança”, disse João Landau, sócio-fundador da Vista Capital à XP.
Entre as ações, a Petrobras (PETR4) segue sofrendo com o petróleo caindo internacionalmente, tanto com problemas de demanda na China, quanto por indefinições sobre os planos de produção da Opep+. Hoje, a baixa foi de 0,27%, mesmo quando falas do CFO elevaram interesse por dividendos da estatal. O cenário internacional também não tem ajudado as júniores: PRIO (PRIO3) recuou 1,22%, Petrorecôncavo (RECV3) perdeu 2,29% e Brava (BRAV3) desceu 3,53%.
A Vale (VALE3) até começou o dia com forte alta, de mais de 1%, diante dos resultados mistos da China, mas ainda de manhã virou para queda e, com alguma oscilação durante o dia, acabou com menos 0,35%, prevalecendo a baixa do minério de ferro e o pessimismo sobre o Gigante Asiático.
Os dois maiores pesos do Ibovespa fecharam acordo: Petrobras confirma que vai fornecer à Vale combustíveis com conteúdo renovável.
Os varejistas também contribuíram para a baixa do IBOV, diante de juros futuros cada vez mais altos: Lojas Renner (LREN3) desceu 1,66% e Magazine Luiza (MGLU3) caiu 1,78%. A coisa poderia ser pior, mas Assaí (ASAI3) ganhou 0,42%, entre as mais negociadas do dia, em meio ao anúncio de corte nas projeções de abertura de lojas.
Os bancos também deram uma força, novamente com as altas de Bradesco (BBDC4) e Itaú Unibanco (ITUB4): 0,79% e 0,48%, respectivamente.
Marfrig (MRFG3) foi o nome do dia, disparando 5,97%, após banco ver espaço para mais valorização, além dos quase 50% já conquistados este ano – e análise técnica aponta novos alvos positivos.
A semana, por fim, foi fraca de indicadores, embora não tenha significado tranquilidade no noticiário, e semana que vem o cenário não muda muito, com destaques principais ficando para o IPCA-15 de outubro, na quinta-feira (24) e o Livro Bege nos EUA, quarta-feira (23).
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