Publicado em 17/10/2024 às 17h35.

Ibovespa fecha em baixa, com perdas de Vale e Petrobras, na contramão do exterior

Dow Jones termina com novo recorde

Redação
Reprodução: Patricia Monteiro/Bloomberg

 

O Ibovespa (IBOV) fechou esta quinta-feira (17) com baixa de 0,73%, aos 130.793,41 pontos, uma queda de 956,31 pontos. O dólar comercial oscilou durante a sessão até fechar com leve alta de 0,08%, a R$ 5,66. E os juros futuros (DIs) subiram por toda a curva, a exemplo de ontem, de acordo com informações do portal InfoMoney.

O cenário da Bolsa brasileira não casou com o exterior. Na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) reduziu pela terceira vez no ano as taxas de juros, de novo em 0,25 pp, e os índices fecharam com ganhos. Os executivos do BCE alertam que a economia na zona do euro está “um pouco mais fraca” do que o esperado. Hoje, o índice de preços ao consumidor (CPI) fechou setembro com variação de 1,7%, ante 2,2% em agosto, uma desaceleração que surpreendeu o mercado, embora o núcleo esteja ainda bem acima da meta de 2%.

Nos Estados Unidos (EUA), as bolsas subiram. O desempenho foi impulsionado não só pelo indicador de mercado de trabalho, varejo e indústria, mostrando que uma recessão se afasta cada vez mais do cenário, mas também com as ações de tecnologia.

 

Ibovespa e as commodities

No campo das commodities, o petróleo também oscilou hoje. Acabou no positivo, quando Israel anunciou a morte do líder do Hamas, e que mesmo assim “a guerra não acabou”, segundo o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu. Porém, as ações da Petrobras (PETR4) não se animaram e terminaram negativas em 0,75%.

Já a Vale (VALE3) foi a grande vilã do dia, com baixa de 2,53%, numa quinta-feira que viu o minério de ferro desabar 6%, por decepção de estímulos na China. A notícia derrubou também a CSN (CSNA3), com menos 2,26%; Gerdau (GGBR4), com baixa de 0,38%; e Usiminas (USIM5), com recuo de 1,62%.

Mas a questão fiscal segue em foco no Brasil e por isso não é possível atribuir toda a queda do dia ao desmoronar da Vale. Enquanto o governo muda sua liderança no Senado e tenta achar fórmulas plausíveis para diminuir as despesas, Lula diz que fica “muito irritado” quando é cobrado por gastos em saúde e educação.

Assim, foram poucos os setores que se salvaram na sessão de hoje. Os bancos terminaram mistos, com Bradesco (BBDC4) e Itaú Unibanco (ITUB4) subindo 0,66% e 0,20%, enquanto BB (BBAS3) e Santander (SANB11) recuaram 0,15% e 0,52%. Ainda no setor financeiro, B3 (B3SA3) perdeu amplos 2,37%.

Destaque de alta ainda para as papeleiras, que subiram, após a XP dizer que “é hora de elevar exposição em papel e celulose”: Klabin (KLBN11) avançou 1,08% e Suzano (SUZB3) ganhou 1,01%.

Mas nem mesmo Embraer (EMBR3), que já tem valorização de mais de 110% no ano e anunciou novos investimentos, escapou: queda de 01,37%. Hapvida (HAPV3), a mais negociada do dia, também caiu, com 3,63%.

A semana termina amanhã de novo com agenda de indicadores esvaziada. O negócio é ficar bem atento com o noticiário corporativo, político e geopolítico.

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