Publicado em 30/09/2024 às 17h46.

Ibovespa fecha o dia e setembro com quedas; Vale, Petrobras e bancos recuam

Bolsas dos EUA terminam de forma positiva após discurso de Powell

Redação
Reprodução: Patricia Monteiro/Bloomberg

 

 

A semana começou com o Ibovespa (IBOV) perdendo 0,69%, aos 131.816,44 pontos, uma queda de 913,92 pontos. Enquanto a semana começa, terminam o mês de setembro e o terceiro trimestre do ano, com direções opostas: setembro fechou com baixa de 3,08%, primeiro mês negativo desde maio, e o 3º trimestre acaba com alta de 6,38%, o primeiro trimestre do ano no azul.

O dólar comercial terminou o último dia de setembro com alta de 0,19%, a R$ 5,44. Os DIs (juros futuros) tiveram mais uma sessão com altas por toda a curva.

Hemelin Mendonça, especialista em mercado de capitais e sócia da AVG Capital, entende que, além da incerteza fiscal, outros fatores também demonstram alerta no cenário nacional. “O mercado de trabalho aquecido e a bandeira tarifária de energia que aumentou, devido as queimadas, demonstram que a economia brasileira está super aquecida, em contramão dos outros países, e que provavelmente teremos novo aumento da Selic na próxima reunião”.

Mas ela alerta que o Ibovespa tem oscilando muito por conta do cenário fiscal do país. “Tivemos o pregão em alta mais cedo devido à forte alta do minério de ferro, mas os dados sobre as contas públicas e a nova revisão da Selic no Focus reforçaram a aversão de risco”.

 

Projeções

No Boletim Focus de hoje, as projeções dos analistas para a inflação, o crescimento da economia e para o câmbio em 2024 se mantiveram, enquanto as estimativas para a Selic subiram novamente. Na questão fiscal, o setor público consolidado registrou déficit primário de R$ 21,4 bilhões em agosto, menor que o saldo negativo de R$ 22,8 bilhões do mesmo mês de 2023.

Enquanto isso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou hoje mais uma vez que, se a reoneração integral da folha de pagamento de alguns setores da economia e de municípios tivesse sido aprovada neste ano, como era o desejo da pasta, os problemas fiscais do país estariam “mais bem equacionados”.

E ele voltou a defender o arcabouço. “Digo com muita convicção, eu defendo muito o arcabouço fiscal, porque eu tenho certeza que é o caminho para reequilibrar as contas públicas e continuar crescendo com baixa inflação. Se nós sairmos deste script, desse roteiro, eu penso que nós vamos repetir o erro de 2015 a 2022 que a economia não cresceu e o gasto público disparou”, disse.

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