Ibovespa opera em queda com investidores de olho em dados da arrecadação de setembro
Vale e Petrobras caem e investidores ficam de olho em declarações de Campos Neto nos EUA
O Ibovespa (IBOV) operou em queda na manhã desta terça-feira (22), com os investidores de olho em dados das contas públicas do Brasil e em declarações do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, em Washington, nos Estados Unidos (EUA), de acordo com informações do portal Bloomberg Línea.
O principal índice dos mercados brasileiros recuou 0,58%, aos 129.602 pontos. O dólar, por sua vez, subiu 0,20%, cotado a R$ 5,70.
Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) cairam e puxavam o Ibovespa para baixo. As ações preferenciais da Petrobras tinham queda de 1,57%, enquanto as ordinárias teve queda de 1,83%. A Vale cedeu 0,36%.
A arrecadação federal subiu 11,61% em setembro em relação ao mesmo mês do ano passado, para R$ 203,17 bilhões. O resultado ficou acima das expectativas de economistas consultados pela Bloomberg, estimavam um montante de R$ 201,1 bilhões, na mediana.
O valor é o maior já registrado para o mês na série histórica desde 1995, segundo dados divulgados pela Receita Federal nesta terça, no momento em que o governo tem sido pressionado a reduzir despesas para atingir as metas fiscais e manter as contas públicas equilibradas.
No acumulado do ano, a arrecadação federal somou R$ 1,934 bilhão até setembro, o que representa um aumento real de 9,68% sobre o mesmo período do ano passado.
Investidores também acompanham nesta terça uma entrevista do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a uma emissora de TV em Washington, nos Estados Unidos.
Nos EUA, os futuros das ações caíam e os títulos do Tesouro operavam estáveis após a liquidação de segunda-feira, enquanto os traders especulavam sobre o caminho das taxas de juros dos EUA.
Os contratos do S&P 500 recuavam 0,4%, apontando para o primeiro declínio consecutivo em cerca de 30 sessões. O rendimento dos títulos do Tesouro de 10 anos teve pouca variação, ficando em 4,19% após subir mais de 10 pontos-base no início da semana.
A queda de segunda-feira nos títulos do Tesouro alimentou uma queda global, à medida que os investidores reduziram as expectativas de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve, depois que autoridades indicaram uma preferência por um ritmo mais lento de flexibilização.
O impacto inflacionário de uma possível vitória presidencial de Donald Trump também pesado sobre os títulos, dado que suas promessas de cortes de impostos e tarifas comerciais poderiam, em última análise, implicar em preços e taxas de juros mais altos.
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