Publicado em 29/07/2024 às 12h10.

Ibovespa oscila com aumento nas projeções para a inflação em semana de Copom

Investidores repercutem novas projeções para indicadores econômicos no relatório Focus

Redação
Reprodução: Redes sociais

 

O Ibovespa (IBOV) oscila nesta segunda-feira (29), com os investidores repercutindo projeções mais elevadas para a inflação em uma semana de decisão de juros no Brasil e nos Estados Unidos (EUA), de acordo com informações do portal Bloomberg Línea.

O principal índice de ações do mercado brasileiro cedeu 0,14%, aos 127.310 pontos. A sessão é de queda para a Petrobras (PETR4) e para algumas ações de grandes bancos, como Santander (SANB11) e BTG Pactual (BPAC11). O dólar, por sua vez, recuou 0,25%, a R$ 5,64 no mesmo horário.

Na agenda do dia, o relatório Focus, do Banco Central (BC), mostrou uma revisão para cima nas estimativas para a inflação e para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano e no próximo.

Agora, os economistas consultados pela autoridade monetária projetam alta de 4,10% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) este ano, acima dos 4,05% estimados na semana passada. Para 2025, as projeções subiram de 3,90% para 3,96%.

Já com relação ao PIB, as expectativas apontam para expansão de 2,19% da atividade este ano e de 1,94% em 2025, acima do crescimento de 2,15% e de 1,93%, respectivamente, esperado anteriormente.

Para os demais indicadores, as estimativas se mantiveram: Selic de 10,50% e câmbio de R$ 5,30 em dezembro deste ano.

No âmbito político e fiscal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reforçou seu compromisso com a responsabilidade fiscal em um pronunciamento no domingo (28).

Destaque ainda para o déficit primário consolidado de junho, que ficou em R$ 40,9 bilhões, acima dos R$ 39,5 bilhões esperados e após saldo negativo anterior de R$ 63,9 bilhões.

As decisões de política monetária no Brasil, nos EUA, no Japão e no Reino Unido estarão sob os holofotes nos próximos dias. Os investidores buscam respostas sobre o caminho de curto prazo das taxas de juros, após os mercados terem sido abalados por sinais conflitantes das principais economias.

Também estão em foco nesta semana os balanços de empresas como Apple (AAPL), Amazon (AMZN) e Microsoft (MSFT), após uma queda nas ações de big techs provocada por um início decepcionante da safra de resultados do segundo trimestre para o setor.

Ainda na cena externa, a oposição política da Venezuela rejeitou a decisão da autoridade eleitoral que apontou que Nicolás Maduro foi reeleito presidente do país e pediu a intervenção dos militares. Os EUA e alguns vizinhos latino-americanos também manifestaram preocupação com o resultado oficial.

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