Publicado em 22/10/2024 às 17h50.

Ibovespa tem quarta queda seguida, com Petrobras e bancos; Vale sobe e Hypera dispara

Bolsas dos EUA terminam dia próximos da estabilidade

Redação
Foto: Agência Brasil

 

O Ibovespa (IBOV) fechou com queda de 0,31%, aos 129.951,37 pontos, uma baixa de 410,19 pontos, nesta terça-feira (22). A última vez que o índice ficou vermelho por quatro pregões seguidos foi há um mês, entre 17 e 20 de setembro – um recuo de pouco mais de 4 mil pontos, enquanto na sequência de hoje são menos 1,8 mil pontos. O dólar comercial oscilou, chegou a ficar negativo, mas terminou mesmo com alta de 0,11%, a R$ 5,69. Os DIs (juros futuros) encerram de forma mista.

De acordo com informações do portal InfoMoney, em uma semana sem indicadores econômicos expressivos (apenas depois de amanhã sai o IPCA-15 de outubro), os mercados flutuaram em outros ares. Uma das notícias hoje foi a arrecadação federal cresceu 11,61% em setembro e bateu recorde para o mês. Nos Estados Unidos (EUA), Fernando Haddad, ministro da Fazenda, disse que “está acontecendo convergência entre despesas e receitas, coisa que não acontecia desde 2015, sem maquiagem, sem calote em precatórios”. Mas a preocupação fiscal ainda é o foco entre os economistas, o que pesa nas ações.

Porque o FMI hoje elevou para a 3% a projeção de crescimento do Brasil este ano mas piorou o cenário para 2025, citando a política monetária restritiva. Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, voltou a afirmar hoje que “a menos que haja choque fiscal positivo, é difícil imaginar viver com juros mais baixos do que temos hoje” no Brasil. A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse que a área econômica entregará “em breve” ao presidente Lula um conjunto de iniciativas para a contenção de gastos do governo federal.

Os principais índices em Nova York oscilaram e terminaram a sessão sem força para se descolarem da estabilidade. Os balanços do 3T24 seguem no foco.

 

Vale sobe e Petrobras cai

Nos negócios na B3, em São Paulo, o dia parecia que seria pior do que acabou sendo. O Ibovespa terminou longe das mínimas. O índice chegou a operar com queda em torno de 1%, mas foi se recuperando.

Muito graças à Vale (VALE3), que passou o dia no vermelho, com minério de ferro em baixa, até ganhar fôlego na reta final, virar e fechar com mais 0,13%. Segundo o FMI, as medidas de estímulo anunciadas pelo banco central chinês no final de setembro para conter a turbulência no mercado imobiliário não são suficientes para elevar o crescimento da China de forma significativa.

A Petrobras (PETR4) também foi na contramão da sua commodity de referência e caiu 0,39%, enquanto o petróleo internacional teve novo dia de alta. PRIO (PRIO3) recuou 0,74%, Petrorecôncavo (RECV3) perdeu 1,16% e Brava (BRAV3) subiu 0,58%.

Entre os bancos, apenas Itaú Unibanco (ITUB4) conseguiu uma leve alta, com 0,17%, no dia em que anunciou resgate de notas subordinadas. Demais bancos caíram, com destaque para BB (BBAS3), que perdeu 1,20%.

Os varejistas tiveram um dia ruim, com Magazine Luiza (MGLU3) descendo 3,83% e Lojas Renner (LREN3) recuando 1,57%.

O nome de ontem, Hypera (HYPE3), foi também o nome de hoje, ao disparar 7,45%, ainda no embalo da proposta de fusão com a EMS.

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