Indústria baiana avança 1,6% entre fevereiro e março e supera média nacional
Refino de petróleo impulsiona crescimento, enquanto produtos químicos puxam resultado para baixo

Entre fevereiro e março, a produção industrial da Bahia avançou 1,6%, retomando os resultados positivos nessa comparação com ajuste sazonal, que exclui possíveis influências de calendário e eventos que se repetem anualmente e podem interferir no desempenho da indústria. O avanço ocorreu após o recuo registrado entre janeiro e fevereiro (-2,7%).
Esse crescimento foi um pouco maior do que o registrado no Brasil como um todo (1,2%) e o sétimo mais intenso entre os 15 locais com informações nessa comparação. Destes, 10 apresentaram aumento na produção, com destaque para Amazonas (5,6%), Espírito Santo (4,6%) e Pará (4,6%).
Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional, do IBGE.
Na comparação com março de 2024, a produção industrial da Bahia também aumentou (3,9%), voltando a crescer após a redução observada em fevereiro (-1,5%).
O desempenho foi superior ao do país como um todo (onde a indústria cresceu 3,1%) e representou o quinto maior avanço entre os 18 locais com resultados nessa comparação. Desses, 11 tiveram alta na produção industrial, liderados por Paraná (15,1%), Santa Catarina (9,3%) e Pará (9,1%).
Com os resultados de março, a indústria baiana acumula alta de 2,4% na produção no primeiro trimestre de 2025, frente ao mesmo período do ano anterior. Esse resultado está acima da média nacional (1,9%) e representa o quarto melhor desempenho entre os 18 locais pesquisados, dos quais oito mostram crescimento nesse acumulado.
Nos 12 meses encerrados em março, a produção industrial baiana também segue em alta (2,5%), atingindo sua 11ª variação positiva consecutiva. O índice, contudo, está abaixo do nacional (3,1%) e ocupa a oitava posição entre os 18 locais pesquisados, 14 dos quais registram avanço.
Refino de petróleo impulsiona indústria baiana, mas setor químico recua
O crescimento da produção industrial da Bahia em março de 2025 (3,9%, frente a março de 2024) foi impulsionado exclusivamente pela alta na indústria de transformação (5,2%), já que a indústria extrativa teve sua sexta queda consecutiva (-17,3%). Entre as 10 atividades da indústria de transformação investigadas no estado, seis apresentaram crescimento no mês.
A fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos registrou o maior crescimento (36,3%) entre as atividades, pelo sexto mês consecutivo, acumulando o 12º resultado positivo seguido. No primeiro trimestre, essa atividade apresenta o maior aumento de produção (33,4%).
No entanto, a maior contribuição para o resultado positivo da indústria baiana em março veio do segmento de fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis. Embora tenha registrado o segundo maior crescimento do mês (14,0%), esse é o setor com maior peso na estrutura industrial do estado. A atividade de refino de petróleo apresenta resultados positivos há quatro meses e acumula alta de 10,9% entre janeiro e março.
Por outro lado, a fabricação de produtos químicos, com queda de 11,3%, foi a principal influência negativa na produção industrial baiana em março. Esse segmento acumula retração em todos os meses de 2025 e apresenta a maior queda no primeiro trimestre do ano (-7,0%).
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