Indústria cai em maio em oito dos 14 locais pesquisados, diz IBGE
Bahia está entre os resultados negativos, embora com retrações abaixo da média nacional: -2,9%

A estagnação na indústria brasileira entre abril e maio deste ano (crescimento nulo – 0%) reflete resultados negativos na atividade do parque fabril brasileiro em oito dos 14 locais pesquisados, na série com ajuste sazonal.
A constatação é da Pesquisa Indústria Mensal – Produção Física Regional, divulgada hoje (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento indica que os recuos mais intensos ocorreram no Paraná, onde a queda na produção industrial chegou a 3,5%; seguido de Goiás (-2,3%); Pará (-1,9%); e São Paulo (-1,6%).
Pernambuco (-1,1%), Minas Gerais (-0,9%), Bahia (-0,3%) e Rio de Janeiro (-0,1%) completam o conjunto de locais com índices negativos.
Na outra ponta, o estado do Amazonas foi o que registrou o maior crescimento industrial do mês de maio, com alta de 16,2%, depois de ter fechado abril em queda, também expressiva, de 12,5%. As demais taxas positivas são do Rio Grande do Sul, com crescimento de 4,4%; Espírito Santo (3,8%), região Nordeste (1,6%), Ceará (1,4%) e Santa Catarina (0,1%).
Acumulado – Os dados divulgados pelo IBGE indicam que a retração acumulada de 9,8% na média nacional da produção industrial brasileira, nos primeiros cinco meses do ano (janeiro-maio), reflete quedas em 12 dos 15 locais pesquisados, frente a igual período do ano anterior.
Três deles mostram quedas com intensidade superior à média nacional, tendo à frente o Espírito Santo, cuja retração chegou a significativos 11,8 pontos percentuais acima da média nacional; seguido do Amazonas (-18,8%); e de Pernambuco (-18,7%). A queda registrada no estado de São Paulo foi a mesma da média nacional: 9,8%.
Também fecharam com resultados negativos no acumulado dos primeiros cinco meses do ano, embora com retrações abaixo da média nacional, o Rio de Janeiro (-9,5%), Minas Gerais (-9,4%), Paraná (-8,9%), Goiás (-8,1%), Santa Catarina (-7,3%), Rio Grande do Sul (-6,2%), Ceará (-5,8%) e região Nordeste (-3,2%).
Segundo o IBGE, o menor dinamismo foi influenciado por fatores relacionados à diminuição na fabricação de bens de capital (em especial aqueles voltados para equipamentos de transportes: caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões e veículos para transporte de mercadorias); bens intermediários (autopeças, produtos de minerais não-metálicos, produtos têxteis, produtos siderúrgicos, produtos de metal, petroquímicos básicos, resinas termoplásticas e defensivos agrícolas); bens de consumo duráveis (automóveis, eletrodomésticos da “linha branca” e da “linha marrom”, motocicletas e móveis); e bens de consumo semi e não-duráveis (calçados, produtos têxteis, vestuário e bebidas).
Pará (9,6%), Mato Grosso (7,4%) e Bahia (1,2%) assinalaram foram os três estados que fecharam com crescimento no resultado acumulado até maio pela indústria do país. Neste caso, impulsionados pelo comportamento positivo vindo de indústrias extrativas (minérios de ferro em bruto), no caso do Pará; de produtos alimentícios (carnes de bovinos congeladas, frescas ou refrigeradas, óleos de soja em bruto e tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja), no Mato Grosso; e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel e gasolina automotiva) e metalurgia (barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre), na Bahia.
Regiões – Os dados regionalizados da indústria indicam que a queda acumulada de 7,8% em maio deste ano, comparativamente a maio do ano passado reflete resultados negativos em 12 dos 15 locais pesquisados pelo IBGE, na série sem ajuste sazonal. O instituto ressalta o fato de que maio deste ano teve 21 dias úteis, 1 a mais do que o mesmo mês do ano passado (20 dias).
Nesta base de comparação, entre os 12 estados que fecharam em queda, a retração mais intensa foi registrada no Espírito Santo, onde a queda chegou 18,9%; seguido do Paraná (-11%). No caso do Espírito Santo a retração foi pressionada pela queda na produção dos setores de indústrias extrativas (minérios de ferro pelotizados); enquanto no Paraná, a influência veio de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleos combustíveis, óleo diesel, álcool etílico e gasolina automotiva).
Também fechou com queda superior aos 7,8% da média nacional, o estado de Goiás, onde a retração chegou a 8,5%. Os outros resultados negativos, embora com retrações abaixo da média nacional são o Rio de Janeiro (-7,6%), Minas Gerais (-7,2%), Amazonas (-6,3%), Santa Catarina (-6,2%), São Paulo (-5,8%), Pernambuco (-3,8%), Rio Grande do Sul (-3,6%), Bahia (-2,9%) e Ceará (-2,3%).
Já os estados do Mato Grosso (14,6%) e Pará (7,8%) assinalaram os avanços mais elevados em maio de 2016. No primeiro, o resultado positivo foi impulsionado pelo comportamento positivo vindo de produtos alimentícios (carnes de bovinos congeladas, frescas ou refrigeradas, óleo de soja em bruto e tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (álcool etílico). Já no Pará, a influência veio da do setor de indústrias extrativas (minérios de ferro em bruto. Já a região Nordeste, como um todo, fechou com ligeiro crescimento de 0,3%.
Mais notícias
-
Economia
20h20 de 04/07/2025
Governo reduz projeção de superávit comercial em 2025 para US$ 50,4 bi
Em abril, a previsão oficial era de US$ 70,2 bilhões
-
Economia
18h49 de 04/07/2025
Dólar completa cinco semanas seguidas de queda e Ibovespa atinge novo recorde histórico
No ano, moeda norte-americana tem um recuo de 12,21%
-
Economia
14h28 de 04/07/2025
‘Não há um número negativo neste país, exceto a Selic, que não depende de nós’, diz Lula
O presidente também comentou sobre o dólar, e afirmou que seu governo herdou uma "febre" da gestão anterior
-
Economia
10h55 de 04/07/2025
EUA e China aceleram implementação de acordo comercial, diz Ministério do Comércio chinês
o porta-voz da pasta chinesa afirmou que autoridades americanas suspenderam uma série de medidas restritivas impostas sobre produtos chineses
-
Economia
10h11 de 04/07/2025
Dólar opera em alta nesta sexta-feira (4), após declarações de Trump sobre novas tarifas
Analistas acompanham o avanço das negociações entre EUA e aliados, conforme se aproxima o fim do prazo para que os países evitem a imposição das taxas
-
Economia
07h45 de 04/07/2025
Sem ganhador, Mega-Sena acumula e prêmio principal vai para R$ 6,5 milhões
Próximo sorteio será neste sábado (5)
-
Economia
17h59 de 03/07/2025
Dólar cai e Ibovespa fecha em novo recorde nesta quinta-feira
No acumulado do ano, a moeda norte-americana já recua 12,53%
-
Economia
14h13 de 03/07/2025
Petrobras está atendendo expectativas do governo Lula e da sociedade, diz Magda Chambriard
Estatal anunciou pacote de investimentos nos setores de refino e petroquímica do Rio de Janeiro
-
Economia
11h41 de 03/07/2025
Apostas das Loterias Caixa terão aumento de preço a partir de 9 de julho
Aposta simples da Mega-Sena vai custar R$ 6
-
Economia
10h30 de 03/07/2025
Dólar opera em alta nesta quinta (3), após atingir menor patamar desde 2023 na sessão anterior
A economia americana criou cerca de 147 mil vagas de emprego fora do setor agrícola no mês passado