Indústria da Bahia cresce em junho e no 1º semestre de 2025
Refino de petróleo e fabricação de máquinas puxam alta no semestre

Em junho, a produção industrial da Bahia voltou a crescer frente ao mês anterior, maio (2,1%). O estado retomou os avanços após apresentar resultado negativo na passagem de abril para maio (-3,9%), nessa comparação com ajuste sazonal, que exclui possíveis influências de calendário e eventos que se repetem anualmente e podem interferir no desempenho da indústria.
O resultado da indústria baiana ficou acima do registrado no Brasil como um todo (0,1%) e foi o 4º maior índice entre os 15 locais que têm informações para essa comparação, abaixo de Pernambuco (5,1%), Minas Gerais (2,8%) e a Região Nordeste como um todo (2,8%). Por outro lado, Espírito Santo (-5,8%), Mato Grosso (-2,2%) e Pará (-1,9%) registraram os maiores recuos nesse comparativo.
É o que mostram os resultados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional, do IBGE.
Frente a junho de 2024, a produção industrial da Bahia também voltou a avançar (0,8%), após ter se reduzido em maio. O desempenho da indústria baiana foi superior ao do país como um todo (onde houve queda de -1,3%), mas foi apenas o 10º maior crescimento entre os 18 locais para os quais há informações nessa comparação.
Os melhores resultados da indústria foram os de Espírito Santo (17,4%), Pernambuco (7,6%) e Amazonas (7,2%). Rio Grande do Norte (-21,4%), Mato Grosso do Sul (-11,7%) e Mato Grosso (-10,8%) tiveram as maiores retrações.
Com isso, no acumulado do primeiro semestre de 2025, frente ao mesmo período do ano anterior, a indústria da Bahia acumula alta de 0,7% na produção. O resultado está aquém do registrado no país como um todo (1,2%) e é o 9º crescimento entre os 18 locais, 10 dos quais mostram altas nesse acumulado. Também ficou abaixo do registrado no primeiro semestre de 2024 (2,1%).
Pará (6,9%), Paraná (5,2%) e Santa Catarina (4,4%) apresentam as maiores altas da produção industrial no primeiro semestre de 2025; Rio Grande do Norte (-18,4%), Pernambuco (-10,4%) e Maranhão (-4,5%) registraram as quedas mais profundas.
Nos 12 meses encerrados em junho, a produção industrial baiana também aumentou (2,0%), porém abaixo do verificado nacionalmente (2,4%), sendo o 9º melhor resultado entre os 18 locais pesquisados.
A tabela a seguir mostra as variações da produção industrial brasileira e regional em junho de 2025.
No 1º semestre, crescimento da indústria baiana foi puxado por refino de petróleo e máquinas
A alta na produção industrial da Bahia no primeiro semestre de 2025, frente ao mesmo período do ano anterior (0,7%), ocorreu por conta do crescimento da indústria de transformação (1,2%), que contou com resultados positivos em 4 das 10 atividades investigadas no estado. A indústria extrativa, por sua vez, teve queda (-9,1%), refletindo resultados negativos em quatro dos seis primeiros meses do ano.
Com a 2ª maior alta no período, a fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (7,6%) foi o segmento que mais contribuiu para o resultado positivo da indústria baiana em geral, pelo fato de ter o maior peso na estrutura do setor no estado, respondendo por um terço do valor industrial na Bahia.
A atividade com o maior crescimento acumulado de produção, nos seis primeiros meses de 2025, foi a fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (26,7%). Ela tem peso menor na composição da indústria do estado, por isso ficou com a segunda principal contribuição para o resultado geral do setor.
Por outro lado, dentre as seis atividades investigadas com resultados negativos entre janeiro e junho, a fabricação de produtos químicos (-7,8%), com a segunda retração mais intensa, foi a maior influência para puxar a produção industrial baiana para baixo. Também em queda, a fabricação de alimentos (-4,2%) teve a segunda maior contribuição negativa.
A maior queda de produção no primeiro semestre no estado foi registrada na preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-7,9%), que tem peso menor na estrutura industrial da Bahia.
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