Inflação desacelera em janeiro com alta de 0,16%, menor taxa para o mês em 31 anos
Mesmo com queda de 14,21% nos preços da energia elétrica, o IPCA segue acima do teto da meta, evidenciando pressões nos preços apesar do desempenho abaixo das expectativas
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Os preços de bens e serviços subiram 0,16% em janeiro, a menor taxa para o mês desde 1994, quando foi implantado o Plano Real. Esse resultado, 0,36 ponto percentual menor que em dezembro de 2023 (0,52%), indica desaceleração, embora a inflação acumulada (4,56%) ainda ultrapasse o teto da meta anual (4,50%).
O desempenho ficou dentro das expectativas do mercado, que previa alta de 0,16% (Warren Investimentos) e 0,15% (Focus). Os dados, divulgados nesta terça (11) pelo IBGE, fazem parte do IPCA.
Segundo o IBGE, os preços da energia elétrica residencial recuaram 14,21%, impactando o índice em -0,55 ponto percentual. Em contrapartida, o grupo Transportes subiu 1,30%—influenciado pelas altas em passagens aéreas (10,42%) e ônibus urbano (3,84%)—e o grupo de Alimentos e bebidas, com seu quinto aumento consecutivo (0,96%), contribuiu com 0,21 ponto percentual.
O IPCA, calculado desde 1979, é o termômetro oficial da inflação e base para o ajuste da taxa Selic, refletindo o custo de vida do cidadão.
A desaceleração do índice deve-se principalmente à queda na energia elétrica, atribuída à incorporação do Bônus de Itaipu, conforme explicou Fernando Gonçalves, gerente do IPCA. Apesar da redução na conta de luz, subitens de Transportes, como a taxa de água e esgoto (0,97%) e o gás encanado (0,49%), registraram alta.
Entre os nove grupos pesquisados, cinco tiveram alta, destacando-se Transportes (1,30%, impacto de 0,27 pp) e Alimentação e bebidas (0,96%, impacto de 0,21 pp). No relatório Focus, analistas elevaram a projeção do IPCA para 2025 de 5,51% para 5,58%, enquanto a expectativa para janeiro era de 0,15% de alta.
A partir deste ano, a meta de inflação é contínua e será considerada descumprida se o IPCA acumulado em 12 meses ficar fora do intervalo de 1,5% a 4,5% por seis meses consecutivos. Para 2025, a meta é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual. Caso a meta seja ultrapassada, o Banco Central deverá justificar o descumprimento por meio de carta ao ministro da Fazenda. Na ata de janeiro, o BC admitiu que, se a inflação acumulada permanecer acima do limite por seis meses consecutivos, a meta poderá ser descumprida em 2025, ressaltando o risco caso a alta se mantenha até junho.
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