Publicado em 09/05/2025 às 10h07.

IPCA: Inflação brasileira cai 0,43% em abril, puxado por alimentos e medicamentos

No mês anterior, o indicador havia registrado queda de 0,56%

Redação
Foto: Marcello Casal JR/Agência Brasil

 

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil, registrou queda de 0,43% em abril, é o que apontam dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta sexta-feira (9). No mês anterior, o indicador havia registrado queda de 0,56%.

Segundo matéria da Folha de São Paulo, o resultado de abril vem em linha com a mediana de projeções do mercado financeiro, que projetava queda de 0,42%, de acordo com a agência Bloomberg. O intervalo das estimativas ia de 0,38% a 0,6%. O percentual é também o maior registrado em um mês de abril desde 2023 (0,61%). O índice voltou a ser pressionado pelo grupo de alimentos, que subiu menos do que em março, e também refletiu o reajuste de medicamentos.

Com o dado de abril, o IPCA passou a acumular alta de 5,53% em 12 meses, segundo o IBGE. O resultado ficou acima da taxa de 5,48% registrada até março. Entre os nove grupos de produtos e serviços do IPCA, a maior variação em abril foi registrada pelo ramo de saúde e cuidados pessoais (1,18%), seguido de vestuário (1,02%) e alimentação e bebidas (0,82%).

Os alimentos até desaceleraram em relação a março (1,17%), mas foram responsáveis pelo principal impacto no índice do mês passado (0,18 ponto percentual).

O segundo maior impacto no indicador ocorreu no grupo Saúde e cuidados pessoais (0,16 ponto percentual). O resultado do grupo foi influenciado por produtos farmacêuticos (2,32%), após a autorização do reajuste de até 5,09% nos medicamentos, a partir de 31 de março, e pelos itens de higiene pessoal (1,09%).

O acumulado segue distante do teto de 4,5% da meta de inflação perseguida pelo Banco Central (BC), que promove um ciclo de aumento na taxa básica de juros (Selic) para tentar conter os preços.

Nesta semana, a taxa atingiu a marca de 14,75% ao ano, seu maior nível em quase duas décadas.

A medida ainda visa esfriar a demanda por bens e serviços, reduzindo assim a pressão inflacionária. Um possível efeito colateral, no entanto, é a perda de fôlego da atividade econômica, já que o crédito fica mais caro para consumo e investimentos produtivos.

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