Publicado em 03/07/2024 às 09h59.

Jaques Wagner defende direito de fala de Lula e endossa críticas a Campos Neto

Senador afirmou que o Banco Central BC é instituição de estado e não pode estar a serviço do sistema financeiro

Redação
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

 

Líder do governo no Senado, o senador Jaques Wagner (PT-BA) defendeu o direito do presidente Lula (PT) em reagir às decisões do Banco Central e criticou Roberto Campos Neto, presidente da autarquia, a quem acusou de polemizar e agir de forma política.

“Eu acho que tem posturas dele que não são condizentes com a figura do Banco Central. Em geral, um presidente de Banco Central, e é só olhar para fora do país, é um cabra gelado, que não tem reações. Não dá para o cara ficar se enfiando na questão política”, afirmou o senador, segundo o jornal Folha de S. Paulo.

As declarações foram dadas nesta sexta-feira (20) no cortejo do 2 de Julho, que celebra o fim da guerra de Independência do Brasil na Bahia. O ato teve participação de Lula, que percorreu as ruas do centro antigo de Salvador.

Na avaliação de Jaques Wagner, o presidente foi eleito pela população e tem o direito de externar suas opiniões sobre as decisões do Banco Central. Mas esta não deveria ser a postura do presidente do BC, que deveria se manter afastado das querelas políticas.

“O Banco Central deveria ser um negócio sagrado, o cara não poderia estar se metendo. E ele está polemizando. Eu não polemizo com ele porque acho que não vale à pena” disse Wagner, destacando que as tensões devem acabar com o fim do mandato de Campos Neto, em 31 de dezembro.

 

 

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