Publicado em 30/05/2025 às 12h12.

Justiça dos EUA aprova financiamento emergencial de US$ 250 milhões para a Azul

Empresa brasileira conseguiu autorização dentro do processo de recuperação judicial e garante fôlego para seguir operando

Redação
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

 

A companhia aérea Azul, que entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, obteve na Justiça norte-americana a aprovação de um financiamento emergencial como parte do seu processo de reestruturação financeira.

Na noite de quinta-feira (29), a Corte de Falências de Nova York autorizou a empresa a contratar um empréstimo de US$ 250 milhões. A medida, considerada emergencial, foi solicitada logo após a Azul ingressar com o pedido de proteção judicial nos EUA.

A empresa recorreu ao chamado Chapter 11, mecanismo jurídico norte-americano que permite a reorganização de dívidas de empresas em dificuldades financeiras, semelhante ao processo de recuperação judicial no Brasil.

O financiamento autorizado é do tipo Debtor-in-Possession Financing (DIP), instrumento comum nesse tipo de processo nos Estados Unidos. Ele garante aos financiadores prioridade no recebimento dos pagamentos, ficando à frente de outros credores.

Com esse recurso, a Azul ganha fôlego financeiro para manter suas operações durante a fase de reestruturação. No entanto, a aprovação definitiva do financiamento ainda depende de nova análise da Justiça dos EUA, com audiência marcada para 9 de julho.

Em comunicado, a Azul afirmou que o processo iniciado nos EUA permite à empresa continuar operando normalmente enquanto trabalha na reorganização de sua estrutura financeira.

“A Azul pretende usar esse instrumento legal, comprovado e amplamente conhecido, para eliminar aproximadamente US$ 2 bilhões em dívida total financiada, reduzir obrigações de arrendamento e otimizar sua frota, permitindo que a companhia saia do processo com mais flexibilidade e uma estrutura de negócios e de capital mais sustentável”, declarou a companhia.

Segundo a Azul, o plano envolve um total de US$ 1,6 bilhão em financiamento e prevê a eliminação de mais de US$ 2 bilhões em dívidas — cerca de R$ 11,2 bilhões. Além disso, estão previstos até US$ 950 milhões em possíveis novos aportes de capital na fase final da recuperação.

A empresa também reforça que, durante todo o processo, continuará operando normalmente, mantendo seus compromissos e serviços, como voos e reservas.

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