Publicado em 01/03/2024 às 18h04.

Kodak, ex-gigante da foto, tem novo desafio: uma sobra de US$ 1,2 bi em pensão

Planos do fundo de pensão também se beneficiaram de um desempenho forte

Redação

A Eastman Kodak está dissolvendo uma equipe que gerencia os investimentos de US$ 4 bilhões do fundo de pensão da empresa, segundo pessoas com conhecimento sobre o assunto que falaram à Bloomberg News.

O antigo gigante do mercado global de fotografia, que agora também se concentra na fabricação de materiais avançados e produtos químicos, começou a notificar seus gestores de investimento que está transferindo a supervisão do programa de pensão para a NEPC, sediada em Boston, disseram as pessoas, todas as quais solicitaram anonimato para discutir informações confidenciais.

A mudança é motivada pelo fato de o sistema de pensão estar superfinanciado, segundo as pessoas. Essa “sobra” disparou de pouco mais de US$ 100 milhões no final de 2019 para cerca de US$ 1,2 bilhão no final de 2022, um valor que representa mais da metade dos ativos da Kodak.

Isso aconteceu à medida que as taxas de juros crescentes reduziram o valor presente das futuras obrigações de pensão para os mais de 37.000 participantes que recebem benefícios no programa de longa data.

Os fundos da Kodak geraram US$ 1,1 bilhão de retornos nos três anos até 2022, aproximadamente o dobro dos US$ 541 milhões esperados. O maior plano de pensão corporativo dos EUA tinha quase três quartos de seus ativos alocados em private equity e fundos hedge. Os planos tinham cerca de US$ 4,2 bilhões em ativos no final de 2022, o último ano sobre o qual a empresa divulgou.

O diretor de investimentos, Thomas Mucha, que lidera a equipe de pensão, administra mais de US$ 7 bilhões em ativos de aposentadoria total que sustentam funcionários atuais e antigos, de acordo com o perfil do LinkedIn de Mucha.