Lucro líquido do BNDES no primeiro semestre tem crescimento de 253,9%
Presidente do BNDES, Dyogo Oliveira, apresenta balanço financeiro do primeiro semestre de 2018; resultado de R$ 4,76 bilhões é o melhor desde 2014 para o período
O BNDES registrou no primeiro semestre deste ano o lucro líquido de R$ 4,76 bilhões. O resultado, que é o melhor desde 2014 para os primeiros seis meses do ano, representa uma variação de 253,9% na comparação com o mesmo período de 2017, quando registrou R$ 1,34 bilhões. No segundo trimestre de 2018, o BNDES alcançou lucro de R$ 2,69 milhões.
O presidente do banco, Dyogo Oliveira, disse o resultado do semestre vem de “uma composição salutar de diferentes áreas do banco”: a intermediação financeira, que ficou em R$ 6,5 bilhões; o resultado bruto com participações societárias da instituição, com R$ 4,1 bilhões; e a redução de R$ 4,69 bilhões da despesa com provisão para risco de crédito.
A inadimplência do banco acima de 90 dias apresentou queda no período, saindo de 2,08% em dezembro para 1,45% em junho de 2018. O presidente destacou que o patamar é menor que a média do sistema financeiro nacional, que está um pouco acima de 3%.
Oliveira ressaltou que, excluída a inadimplência do estado do Rio de Janeiro com a instituição, o resultado desse item do BNDES seria de 0,18%. “Essa inadimplência do Rio de Janeiro é garantida pelo Tesouro, então, não é de fato que essas operações estejam inadimplentes com o banco. O Tesouro está honrando o pagamento das operações”, completou. Segundo o presidente, conforme a regulamentação desta área, a inadimplência do RJ precisa ser incluída neste item do balanço do BNDES, ainda que seja garantida pelo Tesouro.
No primeiro semestre, o total de ativos caiu de R$ 867 bilhões em dezembro de 2017 para R$ 834 bilhões em junho deste ano. De acordo com o presidente do BNDES, isso ocorreu por causa do pagamento de R$ 60 bilhões ao Tesouro Nacional.
“A medida que formos pagando ao Tesouro Nacional, o ativo do banco vai se reduzindo, o que não significa uma piora dos indicadores financeiros, que estão muito bem em termos de regulamentação”, disse. Segundo Oliveira, no segundo semestre, a instituição pagará mais R$ 70 bilhões ao Tesouro Nacional.
Previsão – Para o segundo semestre, Oliveira estimou perspectivas boas para a instituição. “Boas porque acreditamos que o provisionamento para risco de crédito continuará baixo no segundo semestre. Estamos fazendo um grande esforço de redução de tempo para contratação de operações dentro do banco, desburocratizando as áreas, e isso deve resultar em volume maior de desembolsos em contratações ao longo do ano.
Bndespar – Também no primeiro semestre, a subsidiária integral de participações do BNDES, a BNDESPar, teve lucro líquido ajustado pelos ganhos com alienações de R$ 3,81 bilhões. O valor representa alta de 204,7%, na comparação com o mesmo período de 2017. Naquele momento, o lucro atingiu R$ 1,25 bilhão. Segundo o banco, a elevação está relacionada ao resultado com alienações de participações societárias de R$ 4,1 bilhões nos seis primeiros meses deste ano, enquanto, de janeiro a junho de 2017, tinham alcançado R$ 1,23 bilhão.
A alienação de ações da Petrobras e a integralidade das ações da Eletropaulo representam os principais desinvestimentos realizados pela Bndespar. Juntas responderam por 97% do resultado com alienações. Com esta operação, o percentual de participação da BNDESPar no capital total da Petrobras ficou em 8,37%. O percentual sobe para 15,24% se for considerada a participação total das empresas do Sistema BNDES.
Mais notícias
-
Economia
16h12 de 11 de dezembro de 2024
Nasdaq supera 20 mil pontos pela 1ª vez na história puxado por big techs e inflação
Dados de inflação demonstram que há fundamentos para um novo corte nas taxas de juros na reunião de dezembro, marcada para a próxima semana
-
Economia
15h53 de 11 de dezembro de 2024
Auxílio-gás será pago com atraso em dezembro, informa MDS
O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate a Fome afirmou que o dinheiro será liberado para todas as 5,49 milhões de famílias antes do Natal
-
Economia
15h31 de 11 de dezembro de 2024
Dólar hoje tem baixa com inflação dos EUA e decisão do Copom no radar
Copom anuncia decisão de juros após fechamento dos mercados
-
Economia
14h37 de 11 de dezembro de 2024
Bancos restringem crédito consignado do INSS por teto de juros, diz jornal
Ministério da Previdência defende que as regras protegem consumidores contra abusos
-
Economia
14h19 de 11 de dezembro de 2024
Brava Energia registra queda de 22,8% na produção de novembro
Petrolífera teve produção total bruta de 34,8 mil barris de óleo equivalente por dia (boe/dia) em novembro
-
Economia
14h06 de 11 de dezembro de 2024
Americanas decide hoje se processa diretores acusados de fraude contábil
Tema foi discutido em assembleia geral realizada nesta quarta-feira (11)
-
Economia
13h44 de 11 de dezembro de 2024
Geração de energia solar do Brasil deve crescer 25,6% em 2025
Crescimento deve ser influenciado por pequenas usinas solares, instaladas em telhados, fachadas e terrenos
-
Economia
12h45 de 11 de dezembro de 2024
Bancos restringem oferta de crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS
O incômodo das instituições com o teto de juros do consignado é apontado como fator determinante para a decisão
-
Economia
12h26 de 11 de dezembro de 2024
Dólar hoje tem baixa com inflação dos EUA e decisão do Copom no radar
Copom anuncia decisão de juros após fechamento dos mercados
-
Economia
12h20 de 11 de dezembro de 2024
Ibovespa Futuro avança com atenção ao Copom e inflação nos EUA
Maioria dos analistas ouvidos pela Reuters espera um aumento de 0,75 ponto percentual na taxa Selic