Publicado em 11/11/2024 às 10h10.

Lula afirma que vencerá o mercado financeiro novamente e questiona ‘excessos’ do Judiciário

Segundo o presidente, os agentes do mercado financeiro atuam com “gana especulativa” e “com uma certa hipocrisia”

Redação
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que vencerá o mercado financeiro mais uma vez e cobrou uma maior participação dos Poderes Legislativo e Judiciário nas medidas de contenção de gastos para ajustar as contas públicas do país. Em entrevista à RedeTV! exibida no domingo (10), Lula disparou contra o mercado financeiro, afirmando que seus agentes atuam com “gana especulativa” e “com uma certa hipocrisia”.

“Eu vejo o mercado falar bobagem todo o dia. Sabe, eu não acredito nisso não, porque eu venci eles uma vez e vou vencer outra vez. A economia vai dar certo porque o povo está participando do crescimento desse país”, afirmou o presidente na entrevista, na qual preferiu não adiantar nenhuma novidade sobre as medidas de contenção de gastos que vêm sendo discutidas nas últimas semanas dentro do governo e cujo anúncio vem sendo aguardado com grande ansiedade pelo mercado financeiro.

“Eu não posso adiantar porque a gente ainda não concluiu o pacote. Eu estou num processo de discussão muito sério com o governo, porque eu conheço bem o discurso do mercado, conheço a gana especulativa do mercado e eu às vezes acho que o mercado age com uma certa hipocrisia”, disse ele.

Segundo matéria da Folha de São Paulo, Lula afirmou ainda que o custo de um ajuste nas contas não pode recair sobre as pessoas mais necessitadas e questionou se os parlamentares estariam dispostos a cortar recursos de suas emendas ao Orçamento para contribuir com o ajuste fiscal.

“Excessos”

O presidente pontou ainda o que definiu como “excessos” do Judiciário ao defender que o esforço para equilibrar as contas precisa ser dos Três Poderes.

“Nós não podemos mais jogar, toda vez que você tem que cortar alguma coisa, em cima do ombro das pessoas mais necessitadas. Eu quero saber o seguinte, se eu fizer um corte de gastos pra diminuir a capacidade de investimento do orçamento, a pergunta que eu faço é a seguinte: o Congresso vai aceitar reduzir as emendas de deputados e senadores para contribuir?”, questionou.

“É uma responsabilidade do Poder Executivo, é uma responsabilidade do Poder Judiciário. Eu quero saber se também estão dispostos a abdicar daquilo que é excessivo, eu quero saber se o Congresso está disposto também a fazer o corte de gastos. Porque aí fica uma parceria, uma cumplicidade para que todo mundo faça o sacrifício necessário para a gente colocar a economia em ordem.”

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