Publicado em 18/09/2017 às 15h20.

Mercado informal avança na Bahia e absorve quase 50% dos trabalhadores

Salvador é responsável por 15% do índice de informalidade registrado no estado, segundo informou a Superintendência de Estudos Econômicos (SEI)

Fernanda Lima
Foto: Divulgação RepórterBrasil.org
Foto: Divulgação RepórterBrasil.org

 

Aproximadamente 50% (49%) dos trabalhadores atuavam na informalidade na Bahia durante o segundo trimestre deste ano, de acordo com estimativa repassada pela Superintendência de Estudos Econômicos (SEI), baseada na Pesquisa por Amostra de Domicílios, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa equivale a afirmar que 2,84 milhões dos empregados não têm carteira assinada, nem contribuem para institutos de previdências, justamente os fatores que caracterizam a formalidade no mercado de trabalho.

A capital baiana é responsável por 15% do índice de informalidade registrado na Bahia: 447 mil trabalhadores estavam na informalidade em Salvador no período, o que correspondia a 31,5% dos ocupados com rendimento no município.

Crescimento

Embora tímido, o porcentual coletado remete à emergência do campo econômico informal em âmbitos estadual e municipal, ainda segundo informou a SEI ao bahia.ba.

Na Bahia, 48% dos ocupados não tinham a Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) rubricada nos últimos três meses de 2016, o que representa, mesmo em temporadas divergentes, uma elevação de 1% no índice atingido pela pesquisa em 2017.

Em Salvador, o crescimento é mais acentuado: a pasta declarou que durante o quarto trimestre de 2016, 28,6% dos soteropolitanos eram informais. A quota revela um acréscimo de quase 3% no setor.

Cenário da informalidade no Brasil

Os números contabilizados no estado são contíguos às taxas obtidas no Brasil. Estudo divulgado pelo IBGE, referente ao segundo trimestre de 2017, mostra que 10,7 milhões dos brasileiros não têm carteira assinada.

Na análise do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), foi o setor informal que recebeu o maior contingente de desempregados. Dos trabalhadores que estavam desocupados e conseguiram retornar ao mercado de trabalho, 43% foram incorporados pela repartição informal.

O reflexo da crise econômica brasileira, no entanto, ainda é sentido pela população. O IBGE estima que 13,3 milhões de pessoas estivessem desempregadas no segundo trimestre deste ano.

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