Publicado em 24/03/2025 às 10h20.

Ministro defende arcabouço fiscal e descarta mudanças estruturais

Haddad admite possíveis ajustes, mas reforça que modelo é eficaz e não deve ser alterado

Redação
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), defendeu o arcabouço fiscal elaborado pela equipe econômica e aprovado no primeiro ano do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2023.

Haddad reconheceu que alguns parâmetros do arcabouço podem ser ajustados ao longo do tempo, mas afirmou que o modelo é eficaz e não deveria ter sua estrutura modificada.

“Se reforçarmos os fundamentos do arcabouço fiscal atual, não haverá problemas com crescimento, déficit ou inflação. Confio no modelo desenvolvido em 2023”, declarou o ministro nesta segunda-feira (24), durante um seminário promovido pelo jornal Valor Econômico em São Paulo.

“Alguns parâmetros podem ser ajustados, mas eu não faria mudanças. Estou convencido de que o modelo funciona e, se for fortalecido por medidas complementares, como fizemos no ano passado, acredito que superaremos essa situação”, afirmou Haddad.

Ele também criticou a expansão de gastos realizada pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2022. “Não vejo motivo para repetir o que ocorreu naquele ano, quando houve ampliação das despesas para reverter um cenário eleitoral desfavorável”, disse.

“Precisamos evitar aventuras. Em alguns casos, uma vitória pode ser difícil de administrar, e uma derrota pode deixar um impacto significativo para o país”, acrescentou o ministro.

Haddad ressaltou que ajustes podem ser necessários, mas sem mudanças estruturais. “A arquitetura do arcabouço foi bem recebida por especialistas, inclusive no exterior. Todos reconhecem sua robustez. No entanto, ninguém discorda que ajustes na máquina pública serão necessários para garantir seu bom funcionamento.”

Há 10 dias, em entrevista à GloboNews, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), afirmou que, a partir de 2027, o próximo presidente não conseguirá governar o país com o arcabouço fiscal vigente sem gerar inflação, aumentar a dívida pública e comprometer a economia.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.