Publicado em 07/08/2024 às 13h48.

Ministro do Trabalho critica Banco Central por conter inflação aumentando taxa de juros

“Acredito que aqueles ‘iluminados’ do Banco Central só entendam um jeito de controlar a inflação”, diz Luiz Marinho

André Souza / Esther Silva
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

 

Durante o lançamento do Programa de Qualificação Profissional Manuel Querino, nesta quarta-feira (7) ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, se revoltou com a decisão da última ata do Banco Central (BC) do Comitê de Política Monetária (Copom).

“Quero registrar, meu inconformismo, minha incompreensão com aquela visão expressa nas atas, particularmente na última ata do Banco Central do Copom. ‘A economia está muito aquecida, está gerando muitos empregos e, portanto, nós talvez tenhamos que aumentar o juros’. Olha o absurdo! A sociedade, as empresas, economia, indústria, o pequeno comércio, a pequena empresa, está pedindo redução de juros, porque juros altos inibem investimento, geração de empregos, aumenta o custo do poder público, sangra as finanças dos orçamentos públicos da união, de estados e municípios, e nós não estamos falando de um juros praticado do Brasil que esteja entre os mais baixos do mundo. Ele é o segundo mais alto do mundo, portanto, a minha incompreensão desta visão arcaica, atrasada do Banco Central em relação à política macroeconômica brasileira”, disse.

O Banco Central informou, na manhã de terça-feira (6) que “não hesitará em elevar a taxa de juros para assegurar a convergência da inflação à meta”. Segundo a instituição o cenário marcado por projeções mais elevadas e mais riscos para a alta da inflação é desafiador.

Diante disso o ministro afirmou o que pode ter levado a tal decisão do BC. “Acredito que aqueles ‘iluminados’ do Banco Central só entendam um jeito de controlar a inflação, que é aumentando os juros e restringindo o crédito”, pontuou.

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