Nordeste foi responsável por 41,5% dos empregos criados no Brasil em novembro, diz Caged
Região voltou a se destacar no setor, gerando 35.645 novos postos formais no mês

O Nordeste voltou a se destacar no mercado de trabalho brasileiro em novembro de 2025. A região gerou 35.645 novos postos formais no mês, equivalente a 41,5% de todo o saldo registrado no País, que foi de 85.864 vagas. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram apresentados pelo Ministério do Trabalho e Emprego na terça (30).
No acumulado do ano, a região soma 407.113 empregos com carteira assinada em 2025, o que representa 21,5% do saldo nacional. Na prática, significa uma média aproximada de 37 mil novos postos de trabalho líquidos por mês.
“Historicamente, espera-se uma desaceleração no saldo de novos postos de trabalho no último trimestre, com novembro tendo um resultado mais modesto que outubro, culminando em um saldo negativo em dezembro. Entretanto, o saldo de novembro da Região Nordeste foi maior que o de outubro e, quando comparamos com o saldo de 25.557 novos postos no mesmo mês do ano anterior, observamos um crescimento de 39,5%”, analisou o economista da coordenação-geral de Estudos e Pesquisas da Sudene, Miguel Vieira.
Oito dos nove estados nordestinos apresentaram saldo positivo em novembro. Pernambuco, Bahia e Ceará lideraram a geração de empregos, com 8.996, 8.763 e 5.874 novas vagas, respectivamente, concentrando juntos mais de 66% do saldo regional. Na sequência, aparecem Paraíba (4.078), Alagoas (3.046), Maranhão (2.414), Sergipe (1.974) e Rio Grande do Norte (1.548). O Piauí registrou perda líquida de 1.048 postos.
A análise setorial indicou que o setor de serviços foi o principal motor da geração de empregos no Nordeste, com 19.476 novas vagas. Neste cenário, Bahia (5.050), Pernambuco (4.421) e Ceará (3.633) concentraram os maiores saldos absolutos, sendo que o segmento respondeu pela maior parte do crescimento do emprego nos estados, sendo responsável pela maior parte do saldo positivo no Ceará, na Paraíba, em Pernambuco, em Alagoas e na Bahia. As atividades administrativas e serviços complementares tiveram papel central no panorama, com 6.707 novos postos, mais de um terço do saldo do setor na região.
O comércio também teve desempenho relevante, especialmente na Bahia, em Pernambuco e no Ceará, com saldos de 4.406, 3.415 e 3.167 novos postos de trabalho, respectivamente. O trio respondeu por cerca de 65% do saldo do setor. Em termos proporcionais, o comércio foi o principal responsável pelo crescimento do emprego formal no mês nos estados do Rio Grande do Norte (67,1%), Maranhão (55,3%) e em Sergipe (49,4%). No Piauí, foi o único setor com resultado positivo, com 434 novos postos de trabalho.
A construção civil, por sua vez, apresentou saldo positivo de 3.225 postos no Nordeste, com destaque para Pernambuco (2.084). Bahia (709), Sergipe (425), Alagoas (406), Maranhão (269) e Paraíba (195) também apresentaram saldo positivo.
Já a indústria teve resultado praticamente estável, com leve saldo negativo de 54 vagas, influenciado principalmente pela Indústria de Transformação. Ainda assim, segmentos como água, esgoto e gestão de resíduos ajudaram a conter uma queda maior, e alguns estados registraram desempenho industrial positivo, como Pernambuco (552), Rio Grande do Norte (458), Paraíba (380) e Sergipe (197). Em termos proporcionais, o grande destaque é o Rio Grande do Norte, no qual os novos postos da Indústria representaram 29,6% dos novos postos.
O único setor com resultado amplamente negativo na região foi a agropecuária, que perdeu 3.915 postos de trabalho no mês, reduzindo o saldo total da região. Todos os estados nordestinos apresentaram queda nesse segmento, com maior impacto em Pernambuco (-1.476) e na Bahia (-1.386).
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