Publicado em 03/07/2024 às 14h16.

Nova queda na inflação dá ao BCE espaço para reduzir juros, diz FMI

Essa perspectiva dá ao BCE espaço para reduzir sua taxa de depósito de 3,75% para 2,5% até o terceiro trimestre de 2025

Redação
Foto: Banco Centro Europeu

 

A desinflação na zona do euro continua em andamento e os últimos números divulgados esta semana confirmam que o Banco Central Europeu (BCE) tem espaço para reduzir ainda mais as taxas de juros, disse Alfred Kammer, diretor do Departamento Europeu do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Segundo informações da Forbes Brasil, o BCE reduziu as taxas de juros no início de junho para reconhecer uma rápida queda na inflação, mas evitou qualquer compromisso sobre medidas subsequentes, argumentando que o retorno à sua meta de 2% até o próximo ano ainda não estava garantido.

Kammer pareceu mais relaxado, apesar de um crescimento relativamente forte de 4,1% nos preços de serviços no mês passado, o que está levantando algumas preocupações de que a inflação possa ficar presa em níveis elevados.

“Os dados, incluindo a divulgação dos números da inflação de junho, confirmam a perspectiva e indicam que a desinflação ainda está, de modo geral, em linha com nossas expectativas”, disse Kammer à Reuters à margem de uma conferência, referindo-se aos dados de terça-feira.

“Isso significa que mantemos nossa orientação política para o BCE, que é a de que ele deve continuar a reduzir gradualmente a taxa de juros”, ressaltou.

Essa perspectiva dá ao BCE espaço para reduzir sua taxa de depósito de 3,75% para 2,5% até o terceiro trimestre de 2025, disse Kammer.

Os mercados só veem a taxa de depósito caindo para 2,75% no terceiro trimestre, de modo que o FMI está defendendo um ciclo de flexibilização um pouco mais rápido do que os investidores preveem agora.

Embora os formuladores de política monetária estejam preocupados com o fato de os salários ainda crescerem muito rapidamente e pressionarem os preços, Kammer argumentou que já está havendo um abrandamento no mercado de trabalho e isso ajudará a esfriar os preços.

“Já estamos vendo que o mercado de trabalho está se abrandando. Vemos isso em vários países e isso indica que a postura restritiva da política monetária está funcionando para deprimir a demanda agregada”, pontuou.

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