Publicado em 04/10/2024 às 10h34.

Petrobras dribla crise no Oriente Médio com nova estratégia comercial, afirma Chambriard

CEO da companhia diz que acompanha situação no Irã e relembra período em que a empresa realizava reajustes diários no preço da gasolina

Redação
Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil

 

A Petrobras tem conseguido contornar o ambiente de volatilidade externa diante do conflito no Oriente Médio, por meio de sua nova estratégia comercial que vem permitindo a empresa proporcionar estabilidade nos preços de combustíveis aos brasileiros, é o que afirmou a presidente da companhia, Magda Chambriard, na quinta-feira (3).

Segundo matéria da Folha de São Paulo, a executiva pontua ainda que essa estabilidade se fez possível após a Petrobras ter incorporado “suas melhores condições de produção e logística para a definição dos preços seus de venda de gasolina e diesel às distribuidoras”. Essa política comercial, na visão de executiva, permite à empresa minimizar a volatilidade de preços, especialmente em momentos de alta do barril do petróleo como os registrados recentemente, com a escalada do conflito no Oriente Médio fazendo os preços do petróleo dispararem após um período de queda.

“Isso nos permite praticar preços competitivos frente a outras alternativas de suprimento e mitigar a volatilidade do mercado internacional”, afirmou.

Os preços do petróleo Brent, uma das variáveis acompanhadas pela Petrobras para definir a valor das vendas de diesel e gasolina, saltaram 5% nesta quinta, para fechar a US$ 77,62 (R$ 424,98) o barril, diante de preocupações de que o conflito regional crescente no Oriente Médio possa interromper fluxos globais de petróleo.

A última vez em que a Petrobras alterou o preço da gasolina foi no mês de julho, quando o valor para as distribuidoras foi elevado cerca de 7%, à época, era o primeiro ajuste em oito meses. No diesel, a companhia ainda não alterou as cotações às distribuidoras este ano.

Chambriard lembrou também do momento em que a Petrobras praticava reajustes diarios, citando o diretor de Logística Comercialização e Mercados, Claudio Schlosser, e assim passando de toda a volatilidade das cotações internacionais e do câmbio para os preços internos.

“Hoje, isso não ocorre. Nós consideramos nossas melhores condições de produção nacional de petróleo, parque de refino, terminais, dutos, navios etc, para sermos competitivos com as principais alternativas de suprimento dos nossos clientes e, importante frisar, sem repassar o nervosismo diário das cotações internacionais e do câmbio”, destacou.

Ela ressalvou, contudo, que a Petrobras segue observando “os eventos recentes e eventuais desdobramentos sobre os fundamentos de mercado”, ao comentar o conflito entre Israel e Irã e sua influência nos preços internacionais. Mas disse que, “por questões concorrenciais, não pode antecipar suas decisões”.

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