Publicado em 02/10/2024 às 10h21.

Petróleo dispara no mercado após guerra se intensificar no Oriente Médio

Analistas apontam para risco no fornecimento do commodity caso a infraestrutura iraniana se torne alvo de Israel

Redação
Foto: Divulgação/ ANP

 

Com o conflito entre Israel e Irã se intensificando, cresce também o risco de que a infraestrutura de petróleo iraniana possa se tornar alvo de Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense, que já prometeu retaliação ao ataque de mais de 200 misseis que atingiram Tel Aviv, capital do país, na última terça-feira (1). A projeção de analistas do mercado de petróleo, agora, é de ameaça real ao fornecimento da commodity.

Segundo matéria do InfoMoney, esse risco já ressoa nos preços dos barris, que subiram mais de 5% na tarde de ontem. Na sessão desta quarta-feira (2), a alta já é de 2,96% para o WTI, cotado a US$ 71,90 e 2,69% para o Brent, em US$ 75,54, às 9h30 (horário de Brasília). Analistas ouvidos pela CNBC afirmam que a escalada dos conflitos traz preocupações renovadas para investidores.

Mesmo com a guerra estando em curso há quase um ano, o risco já havia sido precificado pela “fadiga de risco geopolítico”. “A possibilidade de uma interrupção significativa no fornecimento de petróleo é iminente”, afirmou Saul Kavonic, analista sênior de energia do MST Marquee à CNBC.

Mesmo com o avanço das tensões desde o final de semana, com a morte de Hassan Nasrallah (líder do Hezbollah), os preços se mantinham controlados pela possibilidade de aumento na produção tanto nos EUA quanto pelos países da OPEP+. Cogitava-se inclusive uma redução nos cortes voluntários por parte da organização de países exportadores, o que aumentaria a presença da commodity em um mercado com demanda já enfraquecida na China.

Com a chamada “nova fase da guerra”, no entanto, os preços passaram a disparar. Analistas consideram que, com o ataque do Irã, o conflito pode se encaminhar para uma fase mais relacionada à energia. O país, terceiro maior produtor dentre os membros da OPEP, é responsável por quase quatro milhões de barris de petróleo por dia, de acordo com dados da Administração de Informação e Energia (EIA).

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