Publicado em 10/10/2024 às 17h17.

Petróleo sobe quase 4% com expectativa de decisão de Israel sobre resposta ao Irã

Bolsas europeias se firmaram em terreno levemente negativo, em linha com Nova York, após indicador de inflação CPI de setembro dos EUA surpreender para cima

Redação
Foto: Agência Petrobras

 

O petróleo fechou em alta nesta quinta-feira (10) com notícias de que Israel decidirá ainda nesta quinta sobre um ataque ao Irã e que os presidentes iraniano e da Rússia devem se reunir para discutir, entre outros assuntos, o conflito na região, de acordo com informações do portal InfoMoney.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para novembro fechou em alta de 3,56% (US$ 2,61), a US$ 75,85 o barril, enquanto o Brent para dezembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), subiu 3,68% (US$ 2,82), a US$ 79,40 o barril.

Segundo a CNN, o gabinete de segurança de Israel votará nesta quinta sobre sua resposta ao ataque de mísseis balísticos do Irã – recentemente, militares de alto escalão têm endossado a mensagem de que a resposta será robusta. Já o presidente da Rússia, Vladimir Putin, deve se reunir com o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, para discutir a situação no Oriente Médio.

O risco geopolítico precificado no petróleo bruto, que tem sido relativamente baixo na maior parte deste ano, aumentou devido ao aumento do risco de um conflito mais amplo no Oriente Médio, o que poderia interromper o fornecimento de petróleo de países como o Irã, diz a Fitch Ratings.

“O rumo que os preços tomarão a partir daqui dependerá da reação de Israel”, disse Warren Patterson, do banco holandês ING, em nota.

Um ataque israelense em áreas de transporte, armazenamento e distribuição de petróleo (midstream, em inglês) e de exploração e produção (upstream, em inglês) do Irã teria um efeito significativo nos mercados globais, afetando a capacidade iraniana de exportar petróleo e, possivelmente, elevando os preços para US$ 90 por barril em 2025, diz Patterson. Atualmente, o ING calcula que o Brent terá um preço médio de US$ 72 por barril no próximo ano.

A demanda da commodity também segue pressionada pelo aumento do uso de combustível nos Estados Unidos (EUA), diante da passagem do furacão Milton pela Flórida.

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