Publicado em 30/05/2025 às 09h38.

PIB brasileiro cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2025, diz IBGE

O resultado vem abaixo do esperado por analistas do mercado financeiro, que projetavam um avanço de 1,5%

Redação
Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

A economia brasileira cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2025, no comparativo com os três meses finais de 2024, é o que apontam dados do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (30). O resultado vem abaixo do esperado por analistas do mercado financeiro, que projetavam um avanço de 1,5%. O intervalo das previsões ia de 0,9% a 1,9%.

Segundo matéria do InfoMoney, o resultado do primeiro trimestre foi impulsionado pelo desempenho aquecido da agropecuária, que cresceu com a recuperação da safra de grãos, cujo efeito no PIB é mais concentrado no início do ano. As projeções indicam produção recorde no campo em 2025.

Além da agropecuária, outro fator de influência foi o mercado de trabalho, que apresentou sinais de força com a geração de empregos formais e renda, após uma série de medidas de estímulo do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na economia. Em conjunto, os fatores contribuíram para o avanço do PIB mesmo em um cenário de choque na taxa básica de juros, a Selic.

A taxa fechou o primeiro trimestre em 14,25% ao ano e voltou a subir em maio, indo para 14,75%, maior patamar alcançado pela Selic em quase duas décadas. O Banco Central tem praticado um aperto que visa frear a inflação e ancorar as expectativas dos agentes financeiros.

Apesar do crescimento em 2025, economistas ainda apostam em um ritmo menor do PIB. A previsão está associada ao fim do impulso da safra agrícola e à manutenção dos juros em patamar elevado. A Selic de dois dígitos encarece o crédito para consumo e investimentos produtivos.

Esse ritmo projetado para a desaceleração do PIB, contudo, não é uma unanimidade entre os economistas, com alguns questionando até que ponto o governo Lula estará disposto a abrir mão de medidas para estimular a atividade antes das eleições de 2026.

O cenário para os próximos trimestres também carrega incertezas do mercado internacional devido à guerra de tarifas aberta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

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