Publicado em 25/02/2025 às 14h47.

Prévia da inflação de fevereiro tem alta de 1,23% puxada pela energia

Resultado é o maior desde abril de 2022, quando foi registrado 1,73%

Redação
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação, ficou em 1,23% no mês de fevereiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta terça-feira (25). O resultado é o maior desde abril de 2022, quando foi registrado 1,73%.

O índice foi pressionado, principalmente, pela conta de luz, que subiu 16,33%, impactando em 0,54% (veja os detalhes abaixo). Se comparado apenas aos meses de fevereiro, o resultado de 2025 é o maior desde 2016, quando o IPCA-15 marcou 1,42%.

No acumulado de 12 meses, o IPCA-15 soma 4,96%, acima da meta do governo, que é de, no máximo, 4,5%. Em janeiro, esse acumulado se encontrava no teto da meta.

A prévia da inflação foi puxada para cima, principalmente, pelo grupo habitação, que subiu 4,34%, contribuindo com 0,63% do IPCA-15. Dentro do grupo, a vilã foi a conta de luz (16,33%). O que explica esse aumento é o desconto que as contas de luz dos brasileiros receberam em janeiro, o chamado Bônus Itaipu, que derrubou o custo no mês passado (-15,46%).

Outro grupo que também colaborou com a leve alta foi o de educação, que subiu 4,78%, impacto de 0,29% no Índice. A explicação está nos reajustes de cursos regulares (5,69%) habitualmente praticados no início do ano letivo. As maiores variações foram do ensino fundamental (7,50%), ensino médio (7,26%) e ensino superior (4,08%).

Alimentos e transportes

Outro grupo que apresentou alta e vem preocupando o Governo é o de alimentos e bebidas, que subiu 0,61%, puxado pelo café moído que ficou 11,63% mais caro, sendo o subitem alimentício com maior pressão de alta (0,06%).

No grupo dos transportes (alta de 0,44% e impacto de 0,09 p.p.), os combustíveis aumentaram 1,88%. Houve aumentos no etanol (3,22%), diesel (2,42%) e gasolina (1,71%), enquanto o gás veicular teve resultado negativo de 0,41%.

Um alívio veio das passagens aéreas, que caíram 20,42%, sendo o subitem que mais forçou a inflação geral para baixo.

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