Publicado em 12/09/2025 às 11h54.

Produção industrial da Bahia cai em julho, mas mantém crescimento no acumulado

Setor registra queda de 2,6% frente a junho, mas segue em alta nos últimos 12 meses

Redação
Foto: Assessoria SEI

 

Entre junho e julho, a produção industrial da Bahia voltou a registrar queda (-2,6%) na comparação com ajuste sazonal, que exclui possíveis influências de calendário e eventos que se repetem anualmente. O resultado negativo ocorreu após o crescimento de 2,0% entre maio e junho.

No mês, a indústria baiana teve o segundo pior desempenho entre os 15 locais pesquisados, atrás apenas do Paraná (-2,7%), e ficou abaixo do índice nacional (-0,2%). Apenas sete locais tiveram aumento de produção, liderados por Espírito Santo (3,1%), Rio Grande do Sul (1,4%) e Santa Catarina (1,1%). Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional, do IBGE.

Na comparação com julho de 2024, porém, a produção industrial da Bahia apresentou leve variação positiva (0,1%), segundo mês seguido de alta. O resultado foi semelhante ao nacional (0,2%) e colocou o estado na 8ª posição entre os 18 pesquisados. As maiores altas foram registradas no Espírito Santo (14,5%), Rio de Janeiro (10,4%) e Mato Grosso do Sul (7,4%). Já Rio Grande do Norte (-19,1%), Mato Grosso (-14,6%) e Pará (-4,2%) tiveram os piores recuos.

De janeiro a julho de 2025, a indústria baiana acumula alta de 0,6%, abaixo do índice nacional (1,1%) e com o 9º melhor desempenho entre os 18 locais, dos quais 10 registraram crescimento. Nos 12 meses encerrados em julho, a produção industrial da Bahia também cresceu (1,8%), alcançando sua 15ª alta consecutiva desde maio de 2024. O resultado é próximo ao nacional (1,9%) e o 6º melhor do país, com 13 estados em avanço.

Alimentícios puxam alta, enquanto metalurgia e couro recuam

Na comparação com julho de 2024, a variação positiva da produção industrial baiana (0,1%) foi influenciada pelo crescimento da indústria extrativa (8,9%), que acumula três resultados positivos seguidos. Já a indústria de transformação registrou leve queda (-0,4%), após ter crescido em junho.

Das 10 atividades da indústria de transformação, seis tiveram aumento em julho. O maior destaque foi a fabricação de produtos alimentícios (4,4%), principal contribuição positiva. A produção de coque, derivados do petróleo e biocombustíveis (1,2%) também ajudou no resultado, especialmente pelo peso do segmento na estrutura industrial da Bahia.

Entre as quedas, a fabricação de produtos de borracha e material plástico (-7,5%) exerceu a maior influência negativa. A metalurgia (-9,7%) voltou a cair após cinco meses de alta, e a maior redução veio da preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-17,2%), embora com menor peso na composição do setor.

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