Publicado em 11/11/2018 às 14h30.

Renda com imposto sindical tem queda de 86% em um ano

No ano passado, contribuição arrecadou R$ 1,98 bilhão; valor caiu este ano para R$ 276 milhões, segundo o Ministério do Trabalho

Redação
Foto: Getty Images
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Entidades sindicais viram secar a fonte de renda que vinha do pagamento anual de todos os trabalhadores do imposto sindical, que deixou de ser obrigatório com a reforma trabalhista.

De acordo com dados do Ministério do Trabalho, no ano passado a contribuição arrecadou R$ 1,98 bilhão, valor que caiu 86% este ano, passando para R$ 276 milhões.

Sem a verba, que tinha 90% de sua arrecadação repartida entre entidades sindicais de trabalhadores e empresários, a saída foi reduzir funcionários, prestação de serviços como assistência médica e colônia de férias e vender imóveis. E buscar compensação com mais sindicalização.

O presidente do SintraconSP, que reúne trabalhadores da construção civil, Antonio de Sousa Ramalho, afirma que o sindicato perdeu cerca de 60% da receita.

“Foi um baque, tivemos de apertar as contas e cortar despesas”, diz. “Hoje temos um terço dos funcionários, cortamos 30% do salário da diretoria, vendemos nossa subsede e metade da frota de veículos”, disse ao Estadão.

Segundo Ramalho, o número de homologações feitas no sindicato, que também deixaram de ser obrigatórias, caiu de 270 por dia para 12.

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