Safra baiana de grãos deve atingir recorde de 12,8 milhões de toneladas
Produção de milho e algodão cresce, enquanto feijão registra queda em 2025

A sétima estimativa para a safra baiana de cereais, leguminosas e oleaginosas (também conhecidos como grãos) em 2025 prevê, em julho, que a produção deve chegar ao recorde de 12.829.202 toneladas neste ano. Isso representa um crescimento de 12,7% (ou mais 1.448.107 t) em relação a 2024, e de 5,6% frente ao recorde anterior, registrado em 2023 (que havia sido de 12.148.058 toneladas).
Frente à estimativa de junho (12.668.822 toneladas), também houve, em julho, aumento na previsão da safra de grãos na Bahia: +1,3%, o que equivale a mais 160.380 toneladas.
A maior previsão da safra baiana de grãos, entre junho e julho, se deveu a novas revisões para cima nas produções de milho 1ª safra e algodão herbáceo.
Em 2025, a primeira safra de milho, na Bahia, deve ser de 1.932.000 toneladas, ficando 24,6% acima da colhida em 2024 (mais 380.910 toneladas) e com alta de 11,0% na passagem de junho para julho (mais 192 mil toneladas).
O aumento da previsão do milho 1ª safra entre um mês e outro se deveu a um maior rendimento médio, que deve chegar a 6.900 kg/hectare, 15,0% superior ao previsto em junho (6.000 kg/hectare).
A Bahia deve produzir, em 2025, 1.865.025 toneladas de algodão, 5,4% a mais do que em 2024 (mais 96.225 toneladas) e 0,4% a mais do que o previsto em junho (mais 6.525 toneladas). A variação positiva na estimativa, entre junho e julho, se deveu a um crescimento da área plantada a ser colhida, que passou de 400 mil para 405 mil hectares (+1,3% ou mais 5.000 hectares).
O estado é o 2º maior produtor nacional de algodão e deverá ser responsável por 19,6% da safra brasileira em 2025. Fica atrás apenas de Mato Grosso, que deve colher 6.742.781 toneladas, equivalentes a 71,0% do total nacional (9,5 milhões de toneladas).
Por outro lado, entre junho e julho houve, na Bahia, revisão para baixo na estimativa de produção do feijão 1ª safra, de -29,7% ou menos 35.600 toneladas. Com isso, essa safra deve somar 86.400 toneladas em 2025, ficando ainda menor em relação à de 2024: -37,0% ou menos 50.700 toneladas.
A queda significativa na estimativa de produção de feijão 1ª safra, entre junho e julho, resultou de uma combinação de recuos na área destinada à cultura (-7,7% ou menos 15 mil hectares, ficando em 180 mil hectares) e no rendimento médio (-23,3%, de 4.646 kg/hectare para 4.605 kg/hectare).
Apesar disso, o novo recorde na produção de grãos na Bahia, em 2025, segue a tendência prevista também para o Brasil como um todo. A safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas deve totalizar 340,5 milhões de toneladas em 2025. Trata-se de um valor 16,3% ou 47,7 milhões de toneladas maior do que o de 2024 (292,7 milhões de toneladas). Na comparação com junho, a estimativa registrou alta de 2,1%, um acréscimo de 7,1 milhões de toneladas.
Mantendo-se essa previsão positiva, em 2025 a Bahia deve sustentar a sétima maior safra de grãos do país, respondendo por 3,8% do total nacional. Mato Grosso continua na liderança (32,4%), seguido pelo Paraná (13,4%) e Goiás (11,4%).
As informações são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado mensalmente pelo IBGE. O grupo de cereais, leguminosas e oleaginosas (grãos) engloba os seguintes produtos: arroz, milho, aveia, centeio, cevada, sorgo, trigo, triticale, amendoim, caroço de algodão, mamona, soja e girassol.
A estimativa de julho segue indicando que, em 2025, 17 das 26 safras de produtos investigados na Bahia serão maiores do que em 2024.
Considerando todos os produtos investigados sistematicamente pelo IBGE na Bahia (não apenas os grãos), a previsão de julho indicou alta em 17 das 26 safras em 2025.
O maior crescimento absoluto continua sendo o da soja (+1.074.090 t ou +14,3%), seguido pelo do milho 1ª safra (+380.910 t ou +24,6%) e pelo da mandioca (+116.148 t ou +14,7%).
Por outro lado, as maiores quedas absolutas na estimativa para 2025 devem ocorrer no tomate (-171.301 t ou -48,4%, também a maior redução percentual), na cana-de-açúcar (-53.725 t ou -1,0%) e, agora, no feijão 1ª safra (-50.700 t ou -37,0%).
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