Publicado em 22/05/2025 às 11h18.

Setor de construção abriu 559,5 mil postos de trabalho no Brasil em 4 anos, diz IBGE

Resultado representa um aumento de 29,4% na população ocupada no segmento durante o período

Redação
Foto: José Paulo Lacerda/CNI

 

O setor de construção abriu 559,5 mil novos postos de trabalho no Brasil entre 2019 e 2023, sustentando a trajetória de geração de vagas pelo quarto ano consecutivo, é o que apontam dados da Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta quinta-feira (22).

Segundo matéria do Estadão, o resultado aponta para um aumento de 29,4% na população ocupada no segmento em apenas quatro anos. Em 2023, o país possuía 165,8 mil empresas de construção, responsáveis por empregar 2,5 milhões de pessoas, que obtiveram R$ 89,6 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações. O salário médio mensal dos trabalhadores foi de 2,1 salários-mínimos.

“A conjuntura econômica do Brasil em 2023 foi marcada pela desaceleração da inflação acumulada, o que permitiu ao Banco Central iniciar um ciclo de cortes na taxa Selic no segundo semestre, após um longo período de aperto monetário. O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro registrou crescimento, impulsionado especialmente pelo agronegócio, que teve uma safra recorde, e pelo setor de serviços, que se manteve aquecido. No campo fiscal, o novo governo avançou no estabelecimento de um arcabouço fiscal mais previsível e nas negociações para a reforma tributária”, lembrou o IBGE.

A indústria da construção gerou R$ 484,2 bilhões em valor de incorporações, obras e/ou serviços da construção no ano de 2023, a preços correntes na época de: R$ 192,5 bilhões pelo segmento de Construção de edifícios; R$ 175,7 bilhões por Obras de infraestrutura; e R$ 116,0 bilhões por Serviços especializados para construção.

Ainda naquele ano, o setor viu o custo do crédito imobiliário crescer, “o que dificulta o crescimento da construção civil”; obras de infraestrutura impulsionadas pela retomada de investimentos públicos e concessões em áreas como transporte, saneamento e energia (Novo PAC, programa de aceleração do crescimento, do governo federal); e atividades de serviços especializados da construção, concentrados especialmente em obras de manutenção e retrofit em centros urbanos, enumerou o IBGE.

No mesmo período, o setor público registrou uma participação de 31,6% no valor das obras contratadas à indústria de construção, o que representou um aumento de 1,2 ponto porcentual em relação à fatia que detinha em 2022, no segundo ano de aumentos consecutivos. Ou seja, o setor privado representava 68,4% da demanda por obras de construção no país em 2023.

A pesquisa ainda aponta para uma redução na concentração de mercado das empresas da indústria da construção em todo o Brasil. Dez anos atrás, em 2014, as oito principais empresas da construção respondiam por 8,6% do valor total gerado pelo setor. Já em 2023, essa participação caiu para 3,3%, o menor resultado da série histórica iniciada em 2007.

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