Publicado em 18/08/2025 às 08h55.

Tarifaço eleva gastos do governo fora da meta fiscal, que devem chegar a R$ 387,3 bi

quantia foi atingida após o anúncio do pacote de socorro às empresas afetadas pelo tarifaço, que prevê gastos de R$ 9,5 bi fora da meta

Redação
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

 

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve totalizar cerca de R$ 387,3 bilhões em gastos não contabilizados na meta fiscal, uma das principais regras das contas públicas do país, em seu terceiro mandato. Esta quantia foi atingida após o pacote de socorro às empresas afetadas pelo tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que vai retirar R$ 9,5 bilhões da meta até 2026.

Segundo matéria do InfoMoney, o plano de socorro, anunciado na última quinta-feira (14), batizado de Brasil Soberano, prevê gastos de R$ 4,5 bilhões com aportes em fundos garantidores e de R$ 5 bilhões em renúncias de receitas do Reintegra, programa que beneficia exportadores, ambos fora da meta.

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), apresentou um projeto de lei complementar para autorizar o governo a fazer essa manobra. O texto, no entanto, ainda precisa passar pelo crivo do Congresso Nacional.

A medida do governo gerou críticas de especialistas, que apontam para a prática recorrente da equipe econômica de burlar a regra em momentos de emergência, diminuindo a credibilidade da âncora fiscal.

Procurado pelo jornal Estadão, o Ministério da Fazenda informou que 87% do montante não contabilizado na meta fiscal é “decorre da necessidade de reverter o calote em credores de precatórios aplicado pelo governo Bolsonaro e de aprovar uma PEC de Transição para recompor o represamento artificial de despesas essenciais e cobrir buracos no Orçamento deixado pelo governo anterior”.

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