Publicado em 27/10/2016 às 19h00.

Taxas longas de juros acompanham dólar e fecham em alta

Agenda de indicadores desta quinta-feira traz dados importantes da área fiscal e do mercado de trabalho, reforçando a urgência de aprovação das reformas na economia

Jaciara Santos
Foto: Reprodução Internet
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Os juros futuros de longo prazo encerraram a sessão desta quinta-feira (27) em alta, alinhados com o avanço do dólar ante o real e com o comportamento do retorno dos Treasuries. As taxas de curto e médio prazos, por sua vez, terminaram perto da estabilidade, uma vez que, apesar de uma agenda local forte de indicadores nesta quinta-feira, não houve alterações na percepção majoritária do mercado de que o Comitê de Política Monetária (Copom) deve promover novo corte de 0,25 ponto porcentual na Selic em novembro.

Ao término da negociação regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2018 encerrou com taxa de 12,25%, de 12,27% no ajuste anterior. O DI janeiro de 2019 tinha taxa de 11,56%, de 11,55%. A taxa do DI janeiro de 2021 subiu de 11,27% para 11,34% e a do DI janeiro de 2023, de 11,31% para 11,39%. A T-Note de dez anos projetava 1,844%, de 1,755% no final da tarde de quarta-feira.

Após registrarem pequeno alívio pela manhã, os juros longos passaram a tarde em alta, pressionados pelo dólar, que firmou sinal positivo na etapa vespertina, assim como, no exterior, os juros dos Treasuries também aceleraram o avanço. A agenda de indicadores trouxe dados importantes da área fiscal e do mercado de trabalho e, embora não tenham influenciado diretamente os negócios, ressaltaram a urgência de aprovação das reformas na economia.

Pela manhã, o IBGE informou que a taxa de desemprego, apurada na Pnad Contínua no trimestre até setembro, ficou em 11,8% da População Economicamente Ativa (PEA), estável ante o trimestre encerrado em agosto. Já a Receita Federal divulgou que a arrecadação de tributos somou R$ 94,770 bilhões, a menor para o mês desde 2009. À tarde, o Tesouro Nacional publicou as contas do Governo Central de setembro, que tiveram déficit de R$ 25,3 bilhões, o pior resultado para o mês da série iniciada em 1997.

Além disso, o mal-estar com o cenário político continuou instalado nas mesas de operação, com os investidores receosos sobre eventuais impacto das divergência entre os líderes do Legislativo e Judiciário sobre as votações da pauta fiscal. O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu uma liminar nesta quinta-feira suspendendo os efeitos da operação Métis da Polícia Federal no Senado, na última sexta-feira. Na decisão, Teori remete o processo da 10ª Vara Federal do Distrito Federal para a STF.

Temas: juros , dólar , alta

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