Temu no Brasil: empresa virou ameaça para gigantes Shopee, Shein e Amazon
Empresa iniciou suas vendas no Brasil, acirrando a concorrência no varejo nacional

A gigante chinesa de comércio eletrônico Temu começou na quinta-feira (6) a vender no Brasil. A empresa de comércio eletrônico é considerada uma “mistura de Shopee e Shein”. Nos países em que já está em funcionamento, a gigante varejista chinesa enfrenta críticas, como as feitas por políticos no Reino Unido e nos Estados Unidos (EUA) — uma investigação do governo americano concluiu que existe um “risco extremamente elevado” de que os produtos vendidos na Temu possam ter sido fabricados com trabalho análogo à escravidão, de acordo com informações do portal g1.
A Temu afirma que “proíbe estritamente” o uso de trabalho forçado, penal ou infantil por todos os seus vendedores. A empresa, que vende de tudo — de roupas a eletrônicos e móveis — foi lançada nos EUA em 2022 e mais tarde no Reino Unido e no resto do mundo.
Desde então, ela tem liderado consistentemente os rankings globais de downloads de aplicativos, com quase 152 milhões de americanos usando a plataforma todos os meses, de acordo com dados coletados pela ferramenta de análise SimilarWeb.
É a “Amazon turbinada”, diz o analista de varejo Neil Saunders.
Com o slogan “compre como um bilionário”, a popularidade da plataforma explodiu, realizando entregas em cerca de 50 países em todo o mundo.
Da fábrica para o cliente
A empresa compete com a rival Alibaba pelo primeiro lugar entre as empresas chinesas mais valiosas listadas na bolsa de valores dos EUA.
Seu valor atual é de pouco menos de US$ 150 bilhões (R$ 750 bilhões – a título de comparação, a Petrobras, empresa mais valiosa da bolsa brasileira está avaliada atualmente em R$ 478 bilhões).
Com o mercado consumidor chinês sob seu domínio, a Pinduoduo Holdings expandiu-se para o exterior com a Temu, utilizando o mesmo modelo que garantiu seu sucesso anterior. Segundo Rein, que mora em Xangai, a empresa tornou-se uma grande fonte de orgulho e patriotismo.
“Eles [os chineses] estão orgulhosos de que as empresas chinesas possam matar os dragões do comércio eletrônico dos Estados Unidos, como a Amazon”, disse.
Uma rápida navegação pelo aplicativo ou pelo site da Temu traz de tudo, desde tênis com biqueira de aço até um dispositivo projetado para ajudar idosos e mulheres grávidas a calçar meias. A coleção variada de bens manufaturados é quase inteiramente produzida em fábricas na China, explica Rein.
“A Temu usa um sistema incrível baseado na coleta de dados em grande escala. , pontuou Ines Durand.
“Eles coletam dados sobre tendências de consumo, os produtos mais pesquisados e clicados, e fornecem (essas informações) aos fabricantes individuais.”
Durand diz que, enquanto a Amazon vende estes dados aos fabricantes a um preço elevado, a Temu entrega gratuitamente aos produtores – informações que estes utilizam para “testar o mercado” com um número relativamente pequeno de produtos.
A plataforma costuma usar imagens geradas por inteligência artificial para se manter atualizada com as últimas tendências, de modo que o produto à venda pode nem existir ainda, de acordo com Durand. Então eles são enviados ao consumidor por via aérea.
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