Publicado em 02/12/2024 às 15h27.

Tesouro Direto: taxas aliviam após falas de Galípolo, mas IPCA+ ainda paga mais de 7%

Os prêmios chegaram a abrir em alta, mas reverteram o movimento após falas do secretário de Política Econômica e futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo

Redação
Foto: José Cruz/Agência Brasil

 

As taxas dos títulos públicos do Tesouro Direto recuam nesta segunda-feira (2), em alívio na disparada ocorrida na última semana em meio à digestão por parte dos investidores dos possíveis impactos do pacote de corte de gastos e da reforma do Imposto de Renda sobre as contas públicas, de acordo com informações do portal InfoMoney.

Os prêmios chegaram a abrir em alta, mas reverteram o movimento após falas do secretário de Política Econômica e futuro presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, em que ele indicou não descartar fazer uma intervenção no câmbio para conter a alta do dólar, embora ressalte que a autarquia atuará apenas em “disfuncionalidades”.

“Efetivamente, a gente vai continuar fazendo atuações só por questões de disfuncionalidades, como essa de você ter uma sazonalidade de final de ano de dividendos que vão para fora e coisas desse tipo”, afirmou, ao responder pergunta sobre o tema no XP Fórum Político, do banco XP.

Galípolo também mencionou estudos a respeito do novo imposto mínimo que atingirá investimentos isentos. Ele não será incidido diretamente sobre investimentos, mas seu cálculo levará em conta todas as rendas obtidas pelo contribuinte no ano, incluindo dividendos e outras aplicações isentas de IR, como poupança, LCI, LCA, CRA, CRI, debêntures incentivadas, e fundos de infraestrutura (que adquirem debêntures incentivadas).

“Ainda estamos fazendo todos os exercícios, até pelo tamanho e o crescimento que teve no volume desse mercado, para entender como poderia ser [o impacto na] reprecificação dos ativos, e estamos fazendo as contas. Tivemos acesso ao dado [da proposta do governo], assim como o mercado, recentemente”, disse Galípolo durante participação no evento XP Fórum Político.

A maior queda no Tesouro Direto foi na remuneração dos papeis de inflação. O título para 2029 paga 7,12% ao ano na parte prefixada, ante 7,17% na sexta. Já a taxa do de 2035 recua de 6,94% na semana passada por 6,86% nesta segunda.

Entre os prefixados as taxas cedem em menor grau. O papel que vence em 2027 paga 13,96%, ante 14,02% no fechamento de sexta-feira (2).

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