Trabalhador poderá trocar banco de empréstimo para reduzir juros a partir desta sexta (16)

A partir desta sexta-feira (16), trabalhadores com carteira assinada poderão renegociar dívidas de crédito consignado ou pessoal (CDC) por meio do programa Crédito do Trabalhador, utilizando a portabilidade para instituições financeiras habilitadas que ofereçam juros menores. A medida visa reduzir o endividamento e o comprometimento da renda mensal dos trabalhadores.

A troca de instituição deve ser feita diretamente com o banco escolhido pelo trabalhador. A funcionalidade ainda não estará disponível pela Carteira de Trabalho Digital, mas passará a ser liberada a partir de 6 de junho para todos os empréstimos incluídos no programa.

Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, a portabilidade permite que a dívida antiga seja quitada automaticamente no momento da contratação do novo empréstimo, com possibilidade de aumento do valor emprestado caso haja margem consignável. “Essa forma provoca uma espécie de leilão entre bancos, já que a instituição financeira pode baixar mais ainda os juros para não perder o cliente”, afirmou o ministro Luiz Marinho.

Desde que o programa começou a permitir a migração de dívidas no banco de origem em 25 de abril, mais de R$ 3 bilhões foram renegociados. Ao todo, o Crédito do Trabalhador já emprestou R$ 11,3 bilhões em menos de dois meses, beneficiando mais de 2 milhões de trabalhadores. A média dos empréstimos é de R$ 5.383,22, com parcelas médias de R$ 317,20 em prazos de até 17 meses.

A expectativa do governo é que parte dos R$ 120 bilhões atualmente tomados em CDC e consignados migrem para o novo programa. De acordo com o ministro, o custo do crédito pode cair de mais de 8% ao mês para taxas inferiores à metade, proporcionando alívio financeiro imediato.

Atualmente, 35 instituições financeiras estão operando a linha dentro das 70 já habilitadas. O Banco do Brasil lidera os empréstimos com R$ 3,1 bilhões liberados, principalmente para quitação de dívidas mais onerosas. Os estados com maior volume de crédito contratado são São Paulo (R$ 2,9 bilhões), Minas Gerais (R$ 948 milhões), Rio de Janeiro (R$ 927,7 milhões), Paraná (R$ 760,3 milhões) e Rio Grande do Sul (R$ 759,3 milhões).