Publicado em 06/09/2025 às 10h22.

Um mês de tarifaço: Brasil aposta em negociação e soberania diante de medidas dos EUA

Governo brasileiro tem buscado alternativas para amenizar os impactos econômicos e reforçar a defesa da soberania nacional

Redação
Foto: Jean Vagner/SEI/GovBA

 

O tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos a todas as exportações brasileiras completa um mês neste sábado (6), mantendo tensões no comércio exterior e no cenário diplomático entre os dois países. Desde o anúncio, feito em 9 de julho pelo presidente Donald Trump em carta enviada a Luiz Inácio Lula da Silva, o governo brasileiro tem buscado alternativas para amenizar os impactos econômicos e reforçar a defesa da soberania nacional.

A medida entrou em vigor em 1º de agosto, com a justificativa americana de que o Brasil seria responsável por desequilíbrios na balança comercial dos EUA e pelo suposto tratamento político dado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.

Especialistas ouvidos pela Agência Brasil destacam que, diferentemente do argumento de Trump, os Estados Unidos acumulam superávit comercial com o Brasil. Dados oficiais mostram que, nos últimos 15 anos, o país importou mais produtos americanos do que exportou, somando um déficit de quase US$ 410 bilhões na balança.

Ao longo deste primeiro mês de tarifaço, o governo Lula adotou uma postura diplomática de tentativa de negociação, mas também de enfrentamento político. Em carta de resposta ao governo norte-americano, o Brasil reforçou que não aceita imposições unilaterais e que pretende buscar, se necessário, apoio em organismos internacionais de comércio.

Enquanto isso, medidas de apoio a empresas exportadoras têm sido discutidas para reduzir prejuízos em setores estratégicos. O impacto já é sentido em áreas como agronegócio, siderurgia e indústria de transformação, que dependem do mercado norte-americano como destino de parte significativa de sua produção.

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