Vale prevê consenso com autoridades para acordo por Mariana até o fim do mês, diz VP
"Depende da construção dos documentos definitivos", diz Alexandre D’Ambrosio, vice-presidente executivo de Assuntos Corporativos e Institucionais da Vale

A Vale (VALE3) prevê chegar até o fim deste mês a um consenso com autoridades brasileiras que viabilize um acordo multibilionário de reparações e compensações pelo rompimento de barragem de sua joint venture com a BHP, a Samarco, em 2015, afirmou um executivo da companhia a jornalistas nesta quinta-feira (13), de acordo com informações do portal InfoMoney.
A afirmação de Alexandre D’Ambrosio, vice-presidente executivo de Assuntos Corporativos e Institucionais da Vale, vem um dia após a companhia ter anunciado uma nova proposta de acordo feita pelas mineradoras, estimando um desembolso total de 140 bilhões de reais.
Em abril, a companhia havia informado que a expectativa era alcançar um acordo definitivo com autoridades até o fim do primeiro semestre.
“Nós esperamos que o acordo consiga ser resolvido até o fim de junho e (temos) esperança que as partes cheguem a um entendimento até o fim de junho”, disse D’Ambrosio, ao participar do Fórum de Investimentos Prioridade 2024 no Rio de Janeiro.
“Não significa que ele vai ser assinado até o fim de junho, porque isso depende da construção dos documentos definitivos, mas até o fim de junho esperamos que haja um consenso”, frisou, pontuando que um acordo definitivo poderia demandar ainda “mais um mês pelo menos”.
D’Ambrosio explicou ainda que a proposta financeira é indissociável dos termos e condições que estão sendo apresentados junto e que a empresa “não negocia valor para depois ver o que vai fazer”.
Com nova proposta, Vale está mais perto de acordo sobre tragédia de Mariana?
“Nós apresentamos a proposta acompanhado de uma proposta de acordo escrita e detalhada”, disse, detalhando que os termos e condições apresentados levam em conta prazo, quais obrigações de fazer, obrigações de pagar e quais obrigações são do Estado.
O executivo destacou ainda que todas as partes envolvidas precisam estar de acordo, que ninguém poderá ficar de fora.
O montante de 140 bilhões representa um avanço ante os 127 bilhões de reais estimados em proposta anterior das companhias apresentadas em abril a autoridades federais e dos Estados de Minas e Espírito Santo. A nova oferta considera 82 bilhões de reais como o total em dinheiro a ser pago pelas mineradoras aos entes públicos em 20 anos, conforme detalhou a Vale em comunicado na véspera, acima dos 72 bilhões de reais ofertados em abril.
Esse volume a ser pago, entretanto, ficou aquém dos 109 bilhões de reais demandados pelo poder público em uma contraproposta apresentada no início deste mês. O bloco público também buscava receber os recursos em 12 anos, considerando que o desastre ocorreu há mais de oito anos.
A nova oferta das companhias, conforme detalhou a Vale, inclui ainda a previsão de empenhar 21 bilhões de reais para executar obrigações que permanecerão sob responsabilidade das empresas, como a retirada de rejeitos do rio Doce.
A barragem da Samarco, uma joint venture da Vale e da BHP, colapsou há mais de oito anos, gerando uma onda de rejeitos de mineração que matou 19 pessoas. Além disso, deixou centenas de desabrigados, atingindo também matas e toda a extensão do rio Doce até desaguar no espírito Santo.
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