Publicado em 15/10/2025 às 09h58.

Vendas do comércio brasileiro crescem 0,2% em agosto, após 4 meses de queda

O varejo acumula crescimento de 1,6% no ano e 2,2% em 12 meses

Redação
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

 

As vendas do comércio voltaram a subir no mês de agosto, registrando um avanço de 0,2% no comparativo com julho. O resultado é o primeiro positivo após quatro meses seguidos de queda, é o que apontam os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (15). Apesar do retorno ao terreno positivo, no entanto, o percentual reforça a perda de fôlego do consumo das famílias. As informações são do jornal O Globo.

O levantamento aponta que, apesar do bom momento vivido pelo mercado de trabalho, e da alta na renda, o nível de endividamento tem se elevado, comprometendo o orçamento. Efeito dos juros altos, que estão no patamar de 15% ao ano há meses e assim devem permanecer por “um tempo prolongado”, como indicou o Banco Central (BC).

O varejo acumula crescimento de 1,6% no ano e 2,2% em 12 meses, a menor taxa desde janeiro de 2024. Na comparação com agosto de 2024, a expansão foi de 0,4%.

“Temos que lembrar que são cinco meses consecutivos com variações muito baixas, muito próximas de zero, tanto pra cima quanto pra baixo”, diz o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, sobre o desempenho do setor desde abril. Março foi o pico da série com ajuste sazonal.

Cinco dos oito setores analisados pela pesquisa registraram alta em agosto. Foram os casos de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (4,9%), Tecidos, vestuário e calçados (1%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,7%). Estes três foram responsáveis pela taxa positiva do mês.

Para Cristiano Santos, o efeito dólar afetou os preços dos produtos de informática. Como a moeda desvalorizou, os preços recuaram e couberam no bolso do brasileiro.

Os outros dois setores que tiveram desempenho positivo foram em Móveis e eletrodomésticos (0,4%) e Hiper e supermercados (0,4%). Papelaria e combustíveis estão entre os setores que apresentaram queda.

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