Publicado em 09/01/2025 às 10h41.

Vendas do varejo baiano caem em novembro, mas seguem em alta frente a 2023

Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE, divulgados nesta quinta-feira (9)

Redação
Foto: Luzia Luna/Ascom SEI

 

Em novembro de 2024, as vendas do varejo na Bahia registraram queda de 2,5% frente a outubro, voltando a apresentar resultado negativo após quatro altas consecutivas nessa comparação com o mês imediatamente anterior, que é livre de influências sazonais (desconsidera os efeitos de eventos recorrentes, como Natal, Dia das Mães, Dia dos Pais etc.).

A Bahia teve um resultado abaixo do Brasil como um todo, onde as vendas também caíram (-0,4%). Registrou também a 4ª maior queda entre os 27 estados, 17 dos quais apresentaram retração no período, inferior apenas as de Rio de Janeiro (-5,7%), Paraíba (-4,3%) e Goiás (-2,7%).

Por outro lado, Espírito Santo (4,1%), Acre (1,3%) e Mato Grosso (1,2%) apresentaram os melhores resultados frente ao mês anterior. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE.

Na comparação de novembro/24 com novembro/23, porém, o resultado das vendas do varejo na Bahia seguiu positivo (5,8%), chegando ao 25º crescimento consecutivo frente ao mesmo mês do ano anterior (mantém-se em alta desde novembro/22).

Foi também um resultado melhor do que o nacional (as vendas cresceram 4,7% no Brasil) e o 14º mais expressivo entre os 27 estados. Roraima (14,9%), Rio Grande do Sul (11,6%) e Amapá (10,5%) tiveram os maiores avanços, com o Rio de Janeiro (0,0%) sendo o único a não apresentar crescimento no comparativo.

Com os resultados do mês, o comércio varejista da Bahia teve, de janeiro a novembro de 2024, um crescimento acumulado de 7,7% nas vendas, frente ao mesmo período do ano anterior, apresentando o 6º maior índice entre as unidades da Federação, acima do registrado no país como um todo (5,0%).

Todos os 27 estados mostram altas nessa comparação, liderados por Amapá (18,4%), Paraíba (12,3%) e Tocantins (10,2%). Nos 12 meses encerrados em novembro, as vendas do varejo baiano têm alta acumulada de 7,3%, também superior à nacional (4,6%) e a 6ª maior entre os estados.

Amapá (17,2%), Tocantins (10,0%) e Paraíba (10,0%) apresentam os melhores resultados nesse confronto, em que também todas as unidades da Federação mostram avanços.

Em novembro, vendas cresceram em 5 das 8 atividades do varejo baiano, e resultado geral foi puxado novamente pelos supermercados

Em novembro, na Bahia, 5 das 8 atividades do varejo restrito (que exclui as vendas de automóveis, material de construção e atacado de alimentos) registraram aumentos nas vendas, frente ao mesmo mês de 2023.

Assim como já vem ocorrendo mês a mês, em todo o ano de 2024, as vendas dos hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com alta de 9,9% (a mais elevada entre as oito atividades) foram as que mais influenciaram positivamente o resultado geral do varejo baiano em novembro. Este foi o 18º avanço mensal consecutivo nas vendas dos supermercados na Bahia, que têm alta acumulada de 10,6% em 2024.

A segunda principal influência positiva na alta do varejo baiano, em novembro, veio dos tecidos, vestuário e calçados, que tiveram alta de 7,4% nas vendas, oitavo resultado mensal positivo consecutivo e o melhor para um mês de novembro em 12 anos, desde 2012 (que havia sido de 16,5%).

Por outro lado, entre as três atividades com queda, os combustíveis e lubrificantes (-3,4%) foram as que mais frearam o avanço geral do varejo baiano em novembro, voltando a apresentar retração após dois meses em alta.

Os equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-17,0%) registraram a retração mais profunda frente a novembro de 2023, tendo a segunda principal colaboração negativa para o resultado do varejo baiano no período. A atividade cai seguidamente há 3 meses.

Vendas do varejo ampliado baiano têm a maior queda do país frente a outubro/24, mas crescem em relação a novembro/23

Em novembro de 2024, as vendas do comércio varejista ampliado baiano voltaram a cair (-5,5%) frente a outubro, na série livre de influências sazonais, após terem registrado crescimento na passagem de setembro para outubro (4,7%).

Foi a queda mais intensa entre os estados, num resultado bastante inferior ao do Brasil como um todo, onde as vendas do varejo ampliado também apresentaram retração (-1,8%).

Porém, na comparação com novembro de 2023, as vendas do varejo ampliado baiano mantiveram alta (1,1%), crescendo pelo 18º mês consecutivo (desde junho de 2023). Nesse comparativo, entretanto, a Bahia registrou somente o 19º melhor resultado entre os 27 estados, abaixo do verificado no país como um todo (2,1%).

O varejo ampliado engloba, além do varejo restrito, as vendas de veículos, motos, partes e peças; material de construção; e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (“atacarejos”), entre as quais não se consegue separar claramente o que é varejo do que é atacado.

Frente a novembro de 2023, duas dessas três atividades tiveram altas nas vendas: veículos (16,4%, 8º crescimento seguido) e material de construção (4,9%, 18º crescimento seguido). Por outro lado, o atacado de alimentos (-28,8%) seguiu em queda pelo 4º mês consecutivo.

No acumulado de janeiro a novembro de 2024, as vendas do varejo ampliado baiano mantiveram alta de 6,6%, ficando acima do índice nacional (4,4%) e sendo o 15º maior avanço entre os estados. Nos 12 meses encerrados em novembro, acumulam alta de 6,3%, também acima do Brasil como um todo (4,0%) e também apresentando o 15º melhor resultado entre as 27 unidades da Federação.

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