Vendas do varejo baiano crescem 0,8% em agosto e superam média nacional
Alta foi impulsionada por artigos farmacêuticos e materiais de escritório; setor acumula avanço de 0,9% em 2025, abaixo do resultado nacional

De julho para agosto de 2025, as vendas do varejo na Bahia cresceram 0,8%, na comparação livre de influências sazonais — que desconsidera os efeitos de eventos recorrentes, como Natal e Páscoa. Foi o segundo resultado positivo consecutivo para o comércio do estado, idêntico ao registrado entre junho e julho.
O desempenho baiano superou o do Brasil, que teve alta de 0,2% no mesmo período, ocupando a 6ª posição entre os melhores resultados. Houve avanços em 16 das 27 unidades da Federação, com destaque para Rio Grande do Norte (2,6%), Maranhão (2,5%) e Paraíba (1,9%). Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE.
Na comparação entre agosto de 2025 e agosto de 2024, as vendas do varejo baiano também cresceram 0,9%, marcando o quinto aumento seguido nessa base de comparação. O resultado, embora acima da média nacional (0,4%), foi apenas o 14º maior entre as 16 unidades da Federação com desempenho positivo. Os maiores avanços foram registrados no Rio Grande do Norte (7,3%), Maranhão (4,3%) e Paraíba (4,0%).
No acumulado do ano, o varejo da Bahia mantém crescimento de 0,9%, abaixo do nacional (1,6%) e na 20ª posição entre os 24 estados com resultados positivos. Os maiores aumentos ocorreram no Amapá (7,1%), Santa Catarina (6,0%) e Paraíba (5,5%).
Nos 12 meses encerrados em agosto, as vendas do varejo baiano também seguem em alta (2,4%), levemente acima da média do país (2,2%), ocupando o 17º lugar entre as unidades da Federação — 25 delas com resultado positivo. Os melhores desempenhos foram observados em Amapá (8,3%), Paraíba (7,5%) e Alagoas (5,6%). Apenas Tocantins (-0,4%) e Rio de Janeiro (-1,1%) tiveram queda nesse indicador.
Alta concentrada em três segmentos
O crescimento de 0,9% nas vendas em agosto, frente ao mesmo mês de 2024, foi impulsionado por três dos oito segmentos do varejo restrito (que exclui automóveis, materiais de construção e atacado de alimentos).
As vendas de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos registraram alta de 11,4% — o segundo maior aumento entre os grupos e o principal responsável pelo resultado positivo geral, devido ao peso do setor na economia baiana. Foi a terceira elevação consecutiva do segmento e o maior crescimento para um mês de agosto desde 2018 (16,8%). No acumulado do ano, o setor lidera com avanço de 8,3%.
A segunda principal influência positiva veio dos equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, que tiveram o maior aumento das vendas (18,8%). O setor registrou o segundo resultado positivo consecutivo e o melhor desempenho para um mês de agosto em 13 anos, desde os 72% de 2012.
Entre os setores em queda, tecidos, vestuário e calçados (-5,2%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,6%) puxaram o resultado geral para baixo. As vendas de roupas caíram pelo terceiro mês consecutivo, enquanto os supermercados interromperam uma sequência de quatro altas seguidas.
Já o segmento de livros, jornais, revistas e papelaria teve o pior desempenho (-15,8%), acumulando 31 meses consecutivos de retração, desde fevereiro de 2023.
Varejo ampliado tem leve alta no mês, mas segue em queda anual
As vendas do varejo ampliado — que inclui veículos, motos, partes e peças; materiais de construção; e atacado de alimentos e bebidas (“atacarejos”) — cresceram 1,0% de julho para agosto, registrando a segunda alta seguida. O desempenho foi ligeiramente superior ao do Brasil (0,9%) e o 9º melhor entre os estados, num cenário em que 13 das 27 unidades federativas apresentaram crescimento.
Na comparação anual (agosto de 2025 frente a agosto de 2024), porém, o varejo ampliado baiano teve queda de 1,4%, a sexta consecutiva. O recuo foi o 10º maior entre os estados, mas menos intenso que o nacional (-2,1%).
Entre os segmentos, houve retração no atacado de alimentos (-14,4%), que acumula 13 meses seguidos de queda, e nos materiais de construção (-0,5%), com quatro resultados negativos consecutivos. Já as vendas de veículos registraram a segunda alta seguida (1,7%).
De janeiro a agosto, o comércio varejista ampliado da Bahia acumula queda de 2,1% frente ao mesmo período de 2024 — desempenho inferior ao nacional (-0,4%) e o 4º pior entre os estados. Nos últimos 12 meses, o setor também apresenta retração (-0,5%), abaixo da média do país (0,7%) e o 7º pior resultado estadual.
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