Publicado em 14/04/2025 às 09h36.

Vendas do varejo brasileiro caem 1,6% em março, aponta índice

Sete dos oitos segmentos do setor registraram queda no último mês

Redação
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

 

As vendas do comércio brasileiro apresentaram uma retração de 1,6% em março, no comparativo com o mês anterior, e 1,8%, no contraste com o mesmo período em 2024, é o que apontam dados do Índice Varejo Stone (IVS) divulgados nesta segunda-feira (14).

Segundo matéria do InfoMoney, na análise mensal sete dos oito segmentos analisados registraram queda em março. As quedas foram observadas nos setores de Material de Construção (-5,5%), Tecidos, Vestuário e Calçados (-3,4%), Móveis e Eletrodomésticos (-2,7%), Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (-2%), Artigos Farmacêuticos (-1,9%), Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (-0,3%) e Combustíveis e Lubrificantes (-0,1%).

Indo na contramão, o setor de Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (2,2%) foi o único a apresentar alta no mês.

Já no comparativo anual, o segmento de Material de Construção teve melhor desempenho, com alta de 3,2%, seguido por Combustíveis e Lubrificantes, que cresceu 2,3%. Todos os outros setores registraram queda: Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (-13,6%), Móveis e Eletrodomésticos (-8,8%), Tecidos, Vestuário e Calçados (-3,9%), Artigos Farmacêuticos (-3,5%), Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (-3,2%) e Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (-1,3%).

No recorte regional, sete das 27 unidades federativas cresceram no comparativo com o mesmo período no ano passado: Acre (2,1%), Pará (1,7%), Goiás (1%), Roraima (0,8%), Piauí (0,6%), Sergipe (0,5%) e Amazonas (0,3%).

Já entre os estados com resultados negativos, Rio Grande do Sul apresentou a maior queda, de 8,2%, seguido por Rondônia (-5,5%), Rio Grande do Norte (-5,2%), Mato Grosso do Sul (-4,8%), Pernambuco (-3,7%), Santa Catarina (-3,4%), Distrito Federal e Paraná (-2,9%), Bahia (-2,7%), Ceará (-2,4%), Minas Gerais (-2,2%), Tocantins (-2%), Espírito Santo e Alagoas (-1,7%), Mato Grosso e São Paulo (-1,4%), Paraíba (-0,5%) e Amapá (-0,4%). O estado do Maranhão foi o único que reportou estabilidade, com 0,0%.

Para o pesquisador econômico e cientista de dados da Stone, Matheus Calvelli, o resultado do mercado formal foi surpreendentemente positiva, com a criação de quase 200 mil vagas, segundo dados do Caged. Além disso, em sua avaliação, o cenário atual acaba mantendo a pressão sobre a inflação, ao mesmo tempo em que as famílias brasileiras estão mais endividadas.

“Esse aperto no orçamento, somado à inflação, tem pesado no consumo e ajuda a explicar a desaceleração do varejo nos últimos quatro meses”, comentou Calvelli.

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