Vendas do varejo na Bahia caem 0,4% em janeiro, abaixo da média nacional
Apesar do recuo mensal, setor acumula alta de 6,5% nos últimos 12 meses; informática e farmácias puxam crescimento

Em janeiro de 2025, as vendas do varejo na Bahia recuaram (-0,4%) em relação a dezembro de 2024, voltando a apresentar resultado negativo nessa comparação com o mês imediatamente anterior, livre de influências sazonais (desconsiderando os efeitos de eventos recorrentes, como o Natal). Entre novembro e dezembro do ano passado, as vendas haviam avançado 0,8%.
O resultado baiano ficou abaixo do registrado no Brasil, onde as vendas tiveram variação negativa de -0,1%, ocupando a 21ª posição entre os 27 estados (ou o 7º pior desempenho). Quinze estados registraram crescimento nas vendas do varejo nessa comparação, com destaque para Amapá (13,1%), Tocantins (4,6%) e Mato Grosso (3,1%), que lideraram as altas.
Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE.
Já na comparação entre janeiro de 2025 e janeiro de 2024, as vendas do varejo na Bahia mantiveram-se positivas (1,0%), completando 27 avanços consecutivos em relação ao mesmo mês do ano anterior (em alta desde novembro de 2022).
Ainda assim, o crescimento ficou abaixo da média nacional (3,1%) e foi apenas o 19º entre as unidades da Federação. Vinte e três estados registraram aumento nas vendas em janeiro de 2025, com Amapá (14,3%), Rio Grande do Sul (10,8%) e Santa Catarina (8,3%) liderando o ranking.
Nos 12 meses encerrados em janeiro, as vendas do varejo baiano acumulam alta de 6,5%, superando o indicador nacional (4,7%) e ocupando a 8ª posição entre os 27 estados. Todas as unidades da Federação apresentaram crescimento nas vendas nesse período, com Amapá (17,3%), Paraíba (12,0%) e Tocantins (9,6%) registrando as maiores variações.
Na Bahia, em janeiro, seis das oito atividades do varejo restrito (que exclui as vendas de automóveis, material de construção e atacado de alimentos) registraram crescimento nas vendas em relação ao mesmo mês de 2024.
Os dois segmentos que apresentaram queda no estado foram:
- Combustíveis e lubrificantes (-3,7%, terceira retração consecutiva).
- Livros, jornais, revistas e papelaria (-4,8%, 24ª queda seguida, acumulando retração desde fevereiro de 2023).
As vendas de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação registraram o maior crescimento (48,4%), sendo o principal fator para o bom desempenho do comércio baiano em janeiro. Esse foi o primeiro resultado positivo do setor após quatro quedas significativas consecutivas.
Com o segundo maior crescimento, o segmento de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos avançou 7,4%, contribuindo para a alta geral das vendas no estado. A categoria acumula 22 meses consecutivos de crescimento (desde abril de 2023) e apresenta o maior aumento acumulado em 12 meses (13,4%).
As vendas do comércio varejista ampliado na Bahia apresentaram variação positiva de 0,2% em janeiro de 2025 em relação a dezembro de 2024, considerando a série livre de influências sazonais. No entanto, na comparação com janeiro de 2024, houve variação negativa de -0,3%.
Nos dois casos, os resultados do varejo ampliado baiano ficaram abaixo da média nacional (2,3% e 2,2%, respectivamente). Frente a dezembro, a Bahia registrou apenas a 20ª maior alta entre os estados e, em relação a janeiro de 2024, ficou na 22ª posição (ou seja, teve o 6º pior desempenho).
Nos 12 meses encerrados em janeiro, as vendas do varejo ampliado na Bahia acumulam crescimento de 5,2%, superior ao do Brasil (3,8%), mas apenas o 14º maior entre as unidades da Federação.
O varejo ampliado inclui, além do varejo restrito, as vendas de veículos, motos, partes e peças; material de construção; e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (“atacarejos”), para os quais não há uma separação clara entre varejo e atacado.
Na comparação com janeiro de 2024, apenas o segmento de veículos apresentou alta (32,1%), sendo o 10º avanço consecutivo e o maior crescimento para um mês de janeiro desde 2022.
As vendas no setor de atacado de alimentos tiveram a maior queda (-28,8%), marcando o sexto recuo consecutivo e acumulando uma retração de -13,0% nos 12 meses encerrados em janeiro.
Já o segmento de materiais de construção registrou queda de -2,3% em janeiro, encerrando uma sequência de 19 altas consecutivas (desde junho de 2023).
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