Publicado em 09/02/2021 às 15h18.

Vendida por US$ 1,65 bi, refinaria na Bahia vale entre U$ 3 bi a US$ 4 bi

Valor foi calculado por instituto; petroleiros reagiram sinalizando início de greve 'a qualquer momento'

Redação
Foto: divulgação/Petrobras
Foto: divulgação/Petrobras

 

Com oferta já aceita pela Petrobrás de US$ 1,65 bilhões (em torno de R$ 8,8 bilhões na cotação atual), a Refinaria Landulpho Alves vale entre US$ 3 bilhões e US$ 4 bilhões – R$ 16,1 bi a R$ 21,5 bi. O valor foi calculado pelo Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, incluindo todos os ativos do complexo industrial baiano.

Na segunda-feira (8), a companhia confirmou que aceitou o valor proposto pelo fundo Mubadala. A Rlam deve ser a primeira refinaria a ser vendida entre as oito que a estatal pretende se desfazer. O fechamento do negócio depende apenas da aprovação pelo Conselho de Administração de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Segundo o site da Petrobrás, a Rlam produz 31 diferentes derivados do petróleo, entre eles
Nela são refinados, diariamente, 31 tipos de produtos, entre eles GLP, gasolina, diesel, parafinas e lubrificantes. Destaque para o óleo bunker, usado para abastecer navios e disputado mundialmente.
Entre seus ativos estão quatro terminais de armazenamentos, o Terminal de Madre de Deus (Temadre) e 669 quilômetros de oleodutos.

A venda da Rlam também foi criticada nos meios políticos e entre os trabalhadores. “Landulfo Alves, a 1ª refinaria nacional, criada em 1950, foi vendida hoje. É o Brasil perdendo o controle do ciclo da produção de combustíveis. Além de tudo, a preço de banana”, escreveu, no Twitter, o ex-presidenciável Guilherme Boulos (PSol).

“As consequências da venda da Rlam já podem ser antecipadas e não serão boas para os consumidores e para o país”, afirma o coordenador do Sindipetro Bahia, Jairo Batista, em nota no site da entidade. “A venda vai impactar a economia baiana e dos municípios localizados no entorno da Rlam, além de diminuir os níveis de investimento, emprego e direitos dos trabalhadores”. Os petroleiros sinalizam o início de greve ‘a qualquer momento’ em protesto contra o negócio. Com informações do Correio 24hs.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.