Caetano denuncia irregularidades nas verbas públicas e solicita investigação contra Flávio Matos

O candidato a prefeito de Camaçari, Luiz Caetano (PT), protocolou uma denúncia contra Flávio Matos (União Brasil) na Justiça Eleitoral, alegando uso indevido de verbas públicas para fins eleitorais. A denúncia também foi encaminhada à Polícia Federal, Polícia Civil e Polícia Militar, solicitando uma investigação rigorosa acerca de pagamentos irregulares de gratificações e “jetons” a servidores comissionados durante o período eleitoral.

O petista argumenta que houve um aumento significativo na folha de pagamento da prefeitura nos meses que antecederam as eleições, com concessões de gratificações que ultrapassam 1.000%. Ele alega que esses pagamentos foram direcionados a servidores de confiança e lideranças políticas, configurando abuso de poder econômico.

Entre os citados na denúncia está Alberto Luiz Vasconcelos Vidal, que teria recebido mais de R$ 12 mil em gratificações. Ainda de acordo com a denúncia, outros servidores também tiveram seus rendimentos elevados por meio de bonificações não previstas na legislação municipal.

A chapa de Caetano solicita a suspensão imediata desses pagamentos e o acesso a documentos que comprovem as irregularidades, além da interrupção de nomeações na Secretaria de Habitação. Também foi requisitado o acesso à lista de beneficiários do programa “Minha Casa, Minha Vida”, que também estaria sendo utilizado de forma indevida para fins eleitorais.

Simultaneamente, informações da Controladoria Geral do Município revelam que assessores do atual prefeito, Antonio Elinaldo Araújo (União Brasil), aliados de Matos, receberam salários exorbitantes, com alguns chegando a R$ 137,4 mil em um único mês.  As informações são de consulta pública e estão disponíveis no portal da transparência do município.

Os ex-secretários Elias Natan Moraes Dias (Saúde) e Manoel Jorge de Almeida Curvelo (Esporte, Lazer e Juventude) foram os principais beneficiados, ambos com rendimentos de R$ 137.476,36. Além deles, a ex-secretária da Mulher, Maria de Fátima Almeida de Souza, recebeu R$ 99.174,49, enquanto o superintendente de Educação, Adalto dos Santos, acumulou R$ 79.340,06.

As remunerações, são significativamente superiores ao salário padrão do secretariado que é de R$ 24.622,63 mensais.